Uma História Edificante
Garanto que não recebi do Embaixador Carlos
Fernandes qualquer honorário com vista à
divulgação do livro de que vos falei ontem.
Também não quero cansar-vos com a transcrição
de partes dele, para cuja pubicitação haverá
lugares mais adequados. Mas não resisto a pôr-vos
perante um episódio notável e fácil de destacar,
com validade absoluta fora do contexto e do
acompanhamento da biografia do Autor. Lê-se na
página 178:
«O fundador oficial de Nova Yorque voi Knikerbooker
(sic-parêntesis meu), homem duro, entre o pirata e
o homem de bem.
(...)
Conta-se que Knikerbooker, senhor da cidade, é a certa
altura procurado pelos seus companheiros de aventura,
sugerindo-lhe que fizesse uma eleição para escolher o
governo da cidade de Nova Amsterdão.
Ouviu-os e perguntou-lhes qual a percentagem de gente de
bem e de gente de mal aí havia. Feitas as contas, chegaram
à conclusão de que a de mal era grandemente maioritária.
Então, Knikerbooker respondeu-lhes perguntando se queriam
ser corridos do poder e da cidade junto com ele, pois, se
fossem a eleição, os de mal ganhariam com grande vantagem
sobre os de bem, escolhendo obviamente os seus amigos e
não a eles.
E não houve eleições, continuando Knikerbooker o seu
trabalho, mesmo sem respeito pela democracia representativa
baseada nonúmero, a qual, quando exclusivamente numérica, é
o pior sistema democrático, evidenciando-se isso se tomarmos
em conta a composição humana das megacidades e a das pequenas
ou do campo.».
Fernandes qualquer honorário com vista à
divulgação do livro de que vos falei ontem.
Também não quero cansar-vos com a transcrição
de partes dele, para cuja pubicitação haverá
lugares mais adequados. Mas não resisto a pôr-vos
perante um episódio notável e fácil de destacar,
com validade absoluta fora do contexto e do
acompanhamento da biografia do Autor. Lê-se na
página 178:
«O fundador oficial de Nova Yorque voi Knikerbooker
(sic-parêntesis meu), homem duro, entre o pirata e
o homem de bem.
(...)
Conta-se que Knikerbooker, senhor da cidade, é a certa
altura procurado pelos seus companheiros de aventura,
sugerindo-lhe que fizesse uma eleição para escolher o
governo da cidade de Nova Amsterdão.
Ouviu-os e perguntou-lhes qual a percentagem de gente de
bem e de gente de mal aí havia. Feitas as contas, chegaram
à conclusão de que a de mal era grandemente maioritária.
Então, Knikerbooker respondeu-lhes perguntando se queriam
ser corridos do poder e da cidade junto com ele, pois, se
fossem a eleição, os de mal ganhariam com grande vantagem
sobre os de bem, escolhendo obviamente os seus amigos e
não a eles.
E não houve eleições, continuando Knikerbooker o seu
trabalho, mesmo sem respeito pela democracia representativa
baseada nonúmero, a qual, quando exclusivamente numérica, é
o pior sistema democrático, evidenciando-se isso se tomarmos
em conta a composição humana das megacidades e a das pequenas
ou do campo.».
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