Revisionismo Científico
Uma Senhora sem muito que fazer, a bibliotecária
Christine Johnson, anda agora empenhada no lançamento
de uma campanha que visa a revogação do Prémio Nobel
atribuído em 1949 a Egas Moniz, justificando-o com
as consequências lamentáveis que resultaram para os
cérebros e para as vidas de muitos pacientes sujeitos
a lobotomias.
Sempre vi com desconfiança esse método de neurocirurgia,
tanto quanto a minha total impreparação médica consegue
alcançar. Mas parece-me que a activista em questão está
a precisar urgentemente de uma. Nunca me pronunciei contra
entregas de prémios e condecorações, nem que fosse a
galardoados que desaprovo ou que me repugnam. Acho que
quem dá está no seu pleníssimo direito e a invenção de
méritos inexistentes é bem pequena perturbação, por entre
o caudal de desgraças que assola o Mundo.
Tirar é diferente. E não se pode permitir que a mudança de
ideias dominantes, científicas, culturais ou ideológicas,
venham a fundamentar a anulação das consagrações de esforços
não-fraudolentos.
Para mais, Egas Moniz notabilizou-se não só na área da
leucotomia, mas, igualmente, na da angiografia, que foi
etapa importante no progresso científico.
A exautoração dos mortos não dignifica os vivos.
Christine Johnson, anda agora empenhada no lançamento
de uma campanha que visa a revogação do Prémio Nobel
atribuído em 1949 a Egas Moniz, justificando-o com
as consequências lamentáveis que resultaram para os
cérebros e para as vidas de muitos pacientes sujeitos
a lobotomias.
Sempre vi com desconfiança esse método de neurocirurgia,
tanto quanto a minha total impreparação médica consegue
alcançar. Mas parece-me que a activista em questão está
a precisar urgentemente de uma. Nunca me pronunciei contra
entregas de prémios e condecorações, nem que fosse a
galardoados que desaprovo ou que me repugnam. Acho que
quem dá está no seu pleníssimo direito e a invenção de
méritos inexistentes é bem pequena perturbação, por entre
o caudal de desgraças que assola o Mundo.
Tirar é diferente. E não se pode permitir que a mudança de
ideias dominantes, científicas, culturais ou ideológicas,
venham a fundamentar a anulação das consagrações de esforços
não-fraudolentos.
Para mais, Egas Moniz notabilizou-se não só na área da
leucotomia, mas, igualmente, na da angiografia, que foi
etapa importante no progresso científico.
A exautoração dos mortos não dignifica os vivos.
3 Comments:
At 11:07 AM, Flávio Santos said…
Essa proposta não é muito diferente de rebaptizar ruas, pontes, depor monumentos...
At 11:48 AM, Paulo Cunha Porto said…
Em cheio...
At 2:59 PM, Américo de Sousa said…
Concordância sem reservas. Até porque a eventual retirada do Prémio Nobel ao Prof. Egas Moniz iria, quando muito, falsificar a História mas nunca o passado onde, como se sabe, ninguém tem o poder de intervir. E isto, por mais "activista" que se mostre...
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