Os Falsos D. Sebastião
Não, nada tem a ver com a obra histórica homónima
de Miguel d`Antas. Relaciona-se é com o artigo de Vicente
Jorge Silva publicado no DN de hoje. Afirma o Autor,
debruçando-se sobre as eventuais candidaturas às
próximas "presidenciais", que «Alegre é um D. Quixote
e a esquerda deseja desesperadamente um D. Sebastião
que possa barrar o caminho ao Encoberto da direita»,
devendo entender-se por este último o Prof. Cavaco.
E toda a prosa pretende alçar o Dr. Soares ao modesto
desempenho dessa revivescência histórica. Vou, por uma
vez, vencer o nojo que sinto em dar atenção à disputa
por um cargo que considero uma usurpação de funções na
Chefia do Estado. O colorido da tipologia utilizada
requer esse sacrifício.
O Dr. Soares não serve como D. Sebastião. Este era Alguém
que não se sabia se viria, mas que se esperava que desse
ao Reino. Do ex-presidente suspeita-se que virá, sem que
ninguém o queira, ao menos como primeira escolha. Se o P.S.
fosse capaz de dar corpo a um mito sebastianista, o papel do
Rei a vir competiria, por inteiro, ao Dr. Vitorino.
E outro erro de tipificação: O Prof. Cavaco está longe de
ser O Encoberto da direita. Por tudo o que vem preparando,
é muito mais O Descoberto.
Mas as aliciantes criações que assimilam os políticos que
temos às Figuras histórico-míticas do carácter nacional
acarretam um efeito que, inocente ou não, tem o condão de
entorpecer: fazer esquecer a vil realidade, comparando com
o que não tem comparação.
de Miguel d`Antas. Relaciona-se é com o artigo de Vicente
Jorge Silva publicado no DN de hoje. Afirma o Autor,
debruçando-se sobre as eventuais candidaturas às
próximas "presidenciais", que «Alegre é um D. Quixote
e a esquerda deseja desesperadamente um D. Sebastião
que possa barrar o caminho ao Encoberto da direita»,
devendo entender-se por este último o Prof. Cavaco.
E toda a prosa pretende alçar o Dr. Soares ao modesto
desempenho dessa revivescência histórica. Vou, por uma
vez, vencer o nojo que sinto em dar atenção à disputa
por um cargo que considero uma usurpação de funções na
Chefia do Estado. O colorido da tipologia utilizada
requer esse sacrifício.
O Dr. Soares não serve como D. Sebastião. Este era Alguém
que não se sabia se viria, mas que se esperava que desse
ao Reino. Do ex-presidente suspeita-se que virá, sem que
ninguém o queira, ao menos como primeira escolha. Se o P.S.
fosse capaz de dar corpo a um mito sebastianista, o papel do
Rei a vir competiria, por inteiro, ao Dr. Vitorino.
E outro erro de tipificação: O Prof. Cavaco está longe de
ser O Encoberto da direita. Por tudo o que vem preparando,
é muito mais O Descoberto.
Mas as aliciantes criações que assimilam os políticos que
temos às Figuras histórico-míticas do carácter nacional
acarretam um efeito que, inocente ou não, tem o condão de
entorpecer: fazer esquecer a vil realidade, comparando com
o que não tem comparação.
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