Elogio da concisão - O "Blog"
Correndo o risco de me desacreditar, se considerarmos
o verdadeiro estendal em que deram alguns dos últimos
posts, vejo a bloguística como um exemplar burilamento
da arte da síntese, o que vem ao encontro de
dois testemunhos que procuro ter sempre presentes.
Um, a epístola do Pe. António Vieira em que pede ao
destinatário: «(...)perdoe ter escrito uma carta
tão longa, mas não tive tempo de a fazer curta»;
o outro de Ganivet que, criticado por a sua obra
se reduzir a um pequeno volume, garantiu que «100
páginas são mais do que suficientes para um escritor
publicar tudo o que deve e ainda muito do que não
deve».
O blog é um compromisso; como qualquer diário, pode
ir ao pormenor, inversamente ao que convém aos aforismos,
que são veículo ideal para abarcar aspectos amplos dos
olhares desde que haja sabedoria ou experiência para neles
e a partir deles gerar cumplicidades. Por outro lado,
não serve para desenvolver as lateralidades, como tentam o
ensaio e o estudo erudito.
Por uma vez, no meio está a virtude.
o verdadeiro estendal em que deram alguns dos últimos
posts, vejo a bloguística como um exemplar burilamento
da arte da síntese, o que vem ao encontro de
dois testemunhos que procuro ter sempre presentes.
Um, a epístola do Pe. António Vieira em que pede ao
destinatário: «(...)perdoe ter escrito uma carta
tão longa, mas não tive tempo de a fazer curta»;
o outro de Ganivet que, criticado por a sua obra
se reduzir a um pequeno volume, garantiu que «100
páginas são mais do que suficientes para um escritor
publicar tudo o que deve e ainda muito do que não
deve».
O blog é um compromisso; como qualquer diário, pode
ir ao pormenor, inversamente ao que convém aos aforismos,
que são veículo ideal para abarcar aspectos amplos dos
olhares desde que haja sabedoria ou experiência para neles
e a partir deles gerar cumplicidades. Por outro lado,
não serve para desenvolver as lateralidades, como tentam o
ensaio e o estudo erudito.
Por uma vez, no meio está a virtude.
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