O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Tuesday, June 07, 2005

Leitura Matinal -19

Tendo em conta que:
-hoje se realiza, pelas 18.30H, por iniciativa da Real Associação
de Lisboa, na sala Teatro Gymnasium do Centro Comercial Espaço
Chiado, uma conferência, de José Manuel Quintas, sobre o grande
doutrinador e poeta António Sardinha;
- já uma dezena de parlamentos aprovou, à revelia dos seus eleitores,
o Projecto de Constituição Europeia;
- está a ser posta a correr uma tendência, salvo no Reino Unido, de continuar
o processo das ratificações, quando tal deveria ser inútil, por já dois países
as terem rejeitado,
publico as sete estrofes finais do longo poema daquele grande Autor do
Integralismo Lusitano, em que, sobre pano de fundo mitológico, se fala do
cada vez mais actual

ROUBO DE EUROPA
(parte final)

E sigo-te as pisadas, madre Europa,
mal reprimindo um grito em minha bôca.
Não é agora o toiro quem galopa,
- És tu que vais em cavalgada louca!

Pois novamente o caos tumultuário
tenta apagar os dons que tu semeias...
O` madre antiga, embora no calvário
não passes o teu facho a mãos alheias.

Levanta-o mais ainda!
No azulejo
a treva se embrulhou no seu capuz.
Europa, onde é que estás, que te não vejo?
Que perdição sem rumo te conduz?

Abalas a correr p`la noite escura,
abalas a correr p`la noite imensa!
Que vento de desgraça te procura
e sôbre ti, sinistro, se condensa?

Abalas a correr de facho erguido
- facho que oscila e já não pode mais!
Rasgaste nas saibreiras o vestido,
ó madre dos sorrisos imortaes!

Europa! Europa! (E já te não avisto!)
não ouves esta voz que por ti chama?!
Onde ficou o lábaro de Cristo?
Onde deixaste, Europa a tua flama?

Eis novamente o caos tumultuário
negando os claros dons que tu semeias...
O`madre antiga, embora no Calvário,
não passes o teu facho a mãos alheias!

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