Não Há Cedências Grátis
Admira-me muito como toda a imprensa está a ir atrás da imagem que se quer dar de um confronto entre uma pretensa proposta de Blair ao seu Chancellor, Gordon Brown, para lhe passar a pasta no Verão do próximo ano e da pretensa recusa deste em formalizar um acordo neste sentido. Parece-me mais do que evidente, dada a imaterialidade do apartamento de posições, que estarão conluiados e tudo não passará de uma actuação conjunta para dar do Responsável das Finanças uma imagem de decisão e autonomia, capaz de melhorar as suas hipóteses eleitorais. Com efeito, as medidas que o Primeiro Ministro quer impor antes da saída tiveram o beneplácito do seu provável sucessor, pelo que se não percebe em que medida poderia intervir o cheque em branco que aparece noticiado em todos os jornais. Apesar da frieza decorrente da diferença de feitios, os dois homens já mostraram que conseguem negociar e entender-se, como comprova a retirada de Brown em favor do actual Leader, quando era tido como o indigitado para a função. Chegou agora a altura da contrapartida. E não acredito que Reed, o novo titular do interior, seja obstáculo. Visto como o homem a quem o chefe de governo recorre quando há bronca, tem imagem de competência bem enraizada, mas falta-lhe autonomia. É sempre visto como o salvador do Patrão; duvido que o consigam ver como o Patrão.
1 Comments:
At 7:26 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Eu li. Vamos ver se ele reagirá, nos próximos dias. Só tinha a ganhar, se o fizesse.
Ab.
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