Sanção e Dalila
No mundo inventivo em que vivemos encontra-se a modalidade inovadora e actualíssima de um ultimatum em branco", no qual, nem lata nem abstractamente são definidas as baias da reacção a uma não-conformidade com o primeiro termo dele, a intimação propriamente dita. Foi o que sucedeu com o prazo de 30 dias dado pelo Conselho de Segurança da ONU, para que Teerão suspenda o enriquecimento de Urânio. E se não for acatada? Pois, não se sabe, ver-se-á. Os Ayatollahs já se aberceberam que este Sansão corporizado pelas Nações Unidas tem tanta força para fazer valer as suas pretensões como o cabelo cortado rente ao Personagem Bíblico ilustraria. Pelo que se dispensam de empenhamento nessa tosquia, dizendo, abertamente, que não acreditam em que quaisquer sanções venham a ser aplicadas.
E dão-se ao luxo de prometer não usar o petróleo como arma, cenoura posta diante dos olhos do burrico ocidental. Ao mesmo tempo que empunham o bastão de um novo míssil testado, aquilo que constitui infirmação da até agora platónica torneira de segurança relativa à bomba: a ausência de meios de a lançarem a grandes distâncias. Mas desengane-se quem pense que este pau serve para segurar o engodo. O seu papel é fustigar os costados da montada...
E dão-se ao luxo de prometer não usar o petróleo como arma, cenoura posta diante dos olhos do burrico ocidental. Ao mesmo tempo que empunham o bastão de um novo míssil testado, aquilo que constitui infirmação da até agora platónica torneira de segurança relativa à bomba: a ausência de meios de a lançarem a grandes distâncias. Mas desengane-se quem pense que este pau serve para segurar o engodo. O seu papel é fustigar os costados da montada...
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