O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Saturday, March 25, 2006

Sem Medo do Martírio

Este blogue já deu pela «Guerra das Civilizações». E Você?
.


Abdul Rahman, cuja vida ou sanidade mental estão condenadas no Afeganistão, por ter descoberto Cristo.

10 Comments:

  • At 10:59 PM, Anonymous Anonymous said…

    Positivas gestiones del presidente canadiense Mr. Stephen Harper

     
  • At 11:12 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Aliás, estou a gostar bastante dos começos deste político. E muito pouco da fraqueza do Presidente afegão, que não conseguiu dar uma redonda negativa às odientas reivindicações de vários leaders religiosos que pugnavam pela execução deste Inocente, para não falar já da abolição de uma lei ignóbil. Como não me agrada que Tantos Amigos da blogosfera estejam calados e continuem a preferir gente desta a um País que não mata nenhum dos seus que abrace o Cristianismo. Puro masoquismo, ou ódio cego?

     
  • At 11:48 PM, Blogger Jansenista said…

    Calados como ratos (sem ofensa para os ratos), o que mostra o que é a honestidade mental dominante. Sabe, estamos num país dominado por séculos de cobardia (e daí a gravidade da Inquisição entre nós, mesmo que ela nunca tivesse feito vítimas); como há medo dos terroristas, tentamos agradar-lhes dizendo mal daqueles que eles querem vitimizar em primeiro lugar (é o raciocínio do delator que quer ganhar tempo, julgando que o sacrifício dos outros lhe vai salvar a pele).
    Uma tristeza!

     
  • At 3:57 AM, Blogger Pedro Botelho said…

    A mim parece-me que calado como um rato ficou o Jansenista com aquele post que por lá apareceu, a propósito do mesmo tema, dizendo assim: "Como se vê, a democracia floresce no mundo islâmico conquistado. É por isso que convém continuar a destruir os tiranos laicos."

    Esta gente que nasceu ontem para as realidades da religião é impagável. E quanto às "Guerras de Civilizações", prezado Misantropo, se julga que já deu por elas a sério, desengane-se. Só se dá pelas guerras a sério quando elas nos batem à porta. Mas não desanime: o processo de tomada de poder pelo Islão fundamentalista, com a imprescindível ajuda das armas americanas e desse muito simples dado que é a existência do estado de Israel, parece ser inevitável.

    É absolutamente fascinante ver os comentários absolutamente pianinhos e o low-profile que a Sra. Condoleeza mantém quando diz que a execução "não será vista com bons olhos" etc... Será a mesma que outrora tão expedita se mostrava quando se tratava de despejar as mais disparatadas acusações contra o super-hiper-duper-monstro Saddam e o seu M.N.E. cristão?...

    Porque será esta súbita timidez?

    Sugestão: não será porque a P.D.M.O. se está nas tintas para os cristãos afegãos?...

     
  • At 7:16 AM, Anonymous Anonymous said…

    Aunque no existiera el Estado de Israel, existiría el expansionismo islamico y sobre todo la idea obsesiva y recurrente de la "Reconquista de Al Andaluz"......

     
  • At 9:42 AM, Blogger Jansenista said…

    Claro, devia ter aberto uma excepção para o rato que ruge (novamente sem ofensa para os ratos). Um caso rematado de meia-tijela arrogante, cuja alfabetização incompleta o leva a julgar-se mais sabedor do que todo o mundo. O pouco que se percebe do que escreve dá para entender que é incapaz de condenar a decisão afegã. Uma tristeza!

     
  • At 11:17 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    E, Caro Amigo de Espanha, ainda mais, reiterado por uma ideia que aqui tenho defendido: a de que o fundamentalismo triunfante nos últimos vinte e cinco anos tem motivações de substituição universal de valores, as quais transcendem em muito o mero nacionalismo árabe rival de Israel na ocupação do território. Somos nós que estamos em jogo.

    Caro Pedro: Penso que isso depende das sensibilidades e que há quem dê pela coisa, mesmo sem ser directamente afectado por ela.De qualquer forma, nós, portugueses, fomos directamente prejudicados. Morreram Compatriotas no ataque ao WTC e em Bali, recorda-se? E como cristão, independentemente da raça, quando vejo um irmão condenado por se ter aberto ao Amor da Mensagem Evangélica, sinto-me ofendidíssimo. Para não falar em que, como ocidentais, todos, religiosos ou não, deveríamos sentir o mesmo. Por isso me dói mais o silêncio cúmplice de tantos Amigos Católicos para com o intolerável.
    E se pensa que absolvo os americanos das culpas que têm no cartório, está muito enganado...

    Caríssimo Jansenista: sofro muito com a verdade do que diz, da estratégia dos impotentes que tentam lamber as botas dos que lhes fazem mal para levar só vinte em vez de duzentas chibatadas. Mas vejo grande parte do nosso hemisfério cair nessa desgraçada via, não só o nosso pobre País. Como sabe, não espero grande coisa do Homem; já não tenho, pois, por que me admirar. Porém, fico transido de perplexidade quando constato o tal silêncio ensurdecedor em Pessoas que tenho por Excepções, que estimo, cujo intelecto admiro e cuja religiosidade julgava compartilhada. Faz nascer a terrível suspeita de mero incómodo perante uma condenação abjecta, por esta, possivelmente, nada ajudar à defesa de posições informadas por aversão antiga...
    Abraços a Todos.

     
  • At 7:52 PM, Blogger Pedro Botelho said…

    Diz a prima-doninha, muito ofendida por se ver contrariada: "Claro, devia ter aberto uma excepção para o rato que ruge (novamente sem ofensa para os ratos)."

    Obrigado pela "excepção", mas reparo que não respondeu a nenhum argumento. De resto, não seria a primeira doninha que esguicha que faria rugir nenhum rato que ruge decente. Não sabia que é preciso merecer o rugido?

    "Um caso rematado de meia-tijela arrogante, cuja alfabetização incompleta o leva a julgar-se mais sabedor do que todo o mundo."

    Já se viu, aquando do caso Irving, que a baboseira fácil e insultuosa só serve para fragilizar a posição da prima-doninha que a emite. Uma coisa que muita gente não percebe é que esse tipo de alegação na internet confirma o velho ditado "o cobarde insulta quando se sente em segurança" e pouco mais do que isso consegue. A distância electrónica, cultíssimo Jansenius, deveria pelo menos convidá-lo a esguichar menos e argumentar mais, evitando o pânico.

    Mas, como disse, já se viu anteriormente que a capacidade de esguicho é de longe superior à outra...

    "O pouco que se percebe do que escreve dá para entender que é incapaz de condenar a decisão afegã. Uma tristeza!"

    Tristeza é a substituição do argumento com algum nível pela mijinha desconexa. É que, segundo parece, nem sequer vê a sua própria contradição. Admitamos por um momento que este seu modesto opositor esfregava as mãos de contente cada vez
    que algum talibã encurtava um apóstata de uma cabeça, ou que, por alguma razão misteriosa, se recusava a condenar tais actos, apesar da sua oposição às tiranias religiosas de todos os matizes. Mas então ainda não percebeu que quem se prepara para seguir a receita desta vez é o regime que as tropas portuguesas, entre outras, protegem?!...

    *** MORAL DA "ESTÓRIA" ***
    (para melhor compreensão):

    O apego das populações às religiões organizadas que ainda não sofreram a submissão ao poder temporal, comparável ao que submeteu o cristianismo no Ocidente laico, é coisa cultural e civilizacional que não se vai embora com meia-dúzia de discursos do primeiro imbecil ocupante da Casa Branca.

    Para acabar com o Islão, é preciso atacá-lo a partir de dentro, nas sociedades em que está instalado. Ou seja, é preciso fomentar os regimes locais que prezam a independência nacional e se opõem a Israel, em vez de os combater.

    Os aliados naturais do Ocidente pós-cristão (digamos assim, para sublinhar o fim da tirania da religião), rumo a um desejável e similar declínio do Islão, deveriam ser esses regimes que jogam no orgulho nacional, e não os que pretendem instaurar o califado internacionalista.

    A estratégia de expulsar os ditadores laicos, de identificar através da propaganda os nasserismos árabes ao barbarismo do Tamerlão, de combater a ferro e fogo os socialismos nacionalistas com veleidades de independência relativamente ao eixo israelo-"americano", é catastrófica.

    Caso não tenha ainda percebido, essa é precisamente a receita ideal para o advento da ultra-religião internacionalista.

    Não duvido que o Ossama Bin Laden esteja pelo menos tão agradecido pela nova fábrica de fundamentalismo que os americanos instalaram no Iraque, depois de expulsarem o seu figadal inimigo Saddam Hussein (o "novo Hitler" de há alguns anos atrás, que secularizava a grandes passos o país, quase metia mulheres à força nas universidades, e, entre outras inciativas, proibía as sangrentas manifestações religiosas que hoje voltaram a estar na moda), como pela sua ajuda passada quando se tratou de pendurar os despojos supliciados do Sr. Najibullah na praça pública e substituir o seu regime afegão pelo dos mujahedines...

    Escuso de acrescentar qual é o principal impedimento de uma política inteligente e primeira justificação de todas as inenarráveis asneiras ocidentais que destroem a nossa herança por dentro enquanto fortalecem o fundamentalismo islâmico a partir de fora.

    Chama-se, é claro, Israel, e a sua espada e escudo, chama-se "Holocausto". Acabe-se de vez com a censura que procura ocultar a maior mentira de todos os tempos, e ver-se-há como o restante castelo de cartas se abate por si próprio.

    Vá, e agora fuja lá para a toca e não esguiche mais...

     
  • At 11:04 PM, Blogger Pedro Botelho said…

    "e ver-se-há como o restante castelo de cartas se abate por si próprio."

    Correcção, como a ilógica decadência da língua impõe: "ver-se-à", é claro. Parece que nem o agudo que poderia sobrar da forma verbal subjacente resiste, mas não serei eu a jurar, nem tenho paciência para recorrer ao prontuário...

     
  • At 5:47 AM, Blogger Pedro Botelho said…

    Muitas horas passaram. A dúvida instalou-se. Voltei à procura do Jansenista, mas nada. Lá fui ao prontuário, e afinal é mesmo "ver-se-á" com agudo. Sabia o prezado Misantropo? Eu acho que já soube aqui há uns meses, mas qual é o prazo para sabedorias destas?...

     

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