Sacro Pretexto
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Quarta-Feira de Cinzas, aqui na versão de Carl Spitzweg. A outros deixo a ligação a Eliot, que o dia do começo da Quaresma, é momento do luto outrora significado pelas cinzas na testa, como hoje continuado pelo fumo ou gravata pretos. Daí a Cruz marcada nas frontes, com o produto da queima das palmas, ou sucedâneos, do Domingo de Ramos anterior. É altura para o que devia ser de sempre: remorso e arrependimento pelo mal imputável ao Homem, meditação reflexiva e não escapista sobre a transitoriedade do mundo e as suas insuficiências. Início de quarenta dias que outrora foram de disciplina, mais do que de privação, antes de a nossa decadência ter passado a identificar a primeira com a última. Dia que não é sombrio, pelo pensamento que se volva para o Alto, Dele obtendo a Iluminação. De modo a que, após o Período associado ào Sacrifício para nossa Salvação, tentemos sair um pouco menos maus.
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