O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Thursday, March 02, 2006

Problemática Dupla

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Chega uma notícia que me enche de contentamento, por um lado, como de perplexidade, pelo outro. Uma produtora portuguesa vai associar-se ao projecto de Paul Auster passar à tela o desenvolvimento de uma das partes de livro seu, sob o título «THE INNER LIFE OF MARTIN FROST». Auster é por mim mais estimado como escritor, do que como director cinematográfico, pelo que, dessa perspectiva, só me desperta um entusiasmo moderado. A grande notícia é que a um dos principais personagens vai ser emprestado o talento de Iréne Jacob, Actriz que muito admirei nos filmes de Kieslowski, «RED» e, sobretudo, uma extraordinária abordagem de um tema que me fascina - o do Duplo - nesse «A DUPLA VIDA DE VERÓNICA», que nada envelhece.
Há porém uma sombra, ou não fosse ela também presença costumeira nos universos do doppelgaenger: sempre tive a Artista por Helvética; e como tendo nascido na Suíça a dão as biografias. Mas, nas notícias provenientes do mundo cultural gaulês, aparece a referência «actriz Francesa». Apropriação chauvinista, ou um caso de dupla... nacionalidade, ou substituição dela, quiçá?

6 Comments:

  • At 10:32 PM, Blogger Je maintiendrai said…

    Suiça ou Francesa, a verdade é que tem de tratar do torcicolo...e depressa!

     
  • At 8:58 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Caro Je Maitiendrai:
    São as agruras do estatuto do estrelato. Ai, pose de celebridade, a quanto obrigas!

     
  • At 10:57 AM, Blogger Flávio Santos said…

    Por acaso, "Trois Couleurs - Rouge" (e não "Red", sr. dr. anglo-saxónico!) é para mim o mais fraco da trilogia kieslowskiana. Mas o "Dekalog" continua a ser para mim a obra de referência do polaco.

     
  • At 10:58 AM, Blogger Flávio Santos said…

    E por falar em dupla nacionalidade: quando a sra. Jacob recebeu o prémio de interpretação em Cannes o Rivarol falou em "palmarés étnico"...

     
  • At 11:10 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Eu adoro o «Decálogo». Mas penso que o menos bom, temos de dizer assim, é o «Branco», talvez por o registo estar mais próximo da comédia. Eu vejo algum interesse na interpelação do personagem de um Trintignant fabuloso. E acho que a Jacob faz muito bem o ar de "dificuldade" perante o estranho do interlocutor.

     
  • At 12:24 PM, Blogger Flávio Santos said…

    O "Branco" é giríssimo, só aquela tirada do assaltante que roubou o relógio: «Porra, made in Russia!» vale o filme...

     

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