Insulto Sem Arte
O Mayor de Londres, Ken Livingston vê-se condenado a quatro semanas de suspensão do cargo e ao pagamento de umas custas processuais astronómicas por ter chamado «nazi» a um reporter judeu, reafirmando-o, ao dizer que o comportamento daquele não diferia do de um guarda dum campo de concentração. Em primeiro lugar, vê-se como as palavras não significam mais coisa alguma. O heterodoxo autarca usou o termo, como, por cá, se usa "fascista", tido por qualquer coisa má, sem sentido preciso. Mas há que desmascarar a reacção excessiva, no espírito do sistema politicamente correcto, que acorreu, servilmente, a dar inteiro ganho de causa ao objecto do dito, simplesmente aceitando que, pela sua condição étnico-religiosa, tinha todo o direito a sentir-se ofendido. Sem qualquer intuito de desvalorizar o estigma que muitos rebentos do Povo Eleito poderão, legitimamente, sentir com tal invectiva, impor-se-ia, no mínimo, uma investigação às convicções do queixoso, como se faria no caso duma outra pertença. Afinal houve judeus nacionais-socialistas, como o General Milch, ou o poeta Bronnen. Não que tal fosse provável, no caso vertente. Mas gostaria de sublinhar as diferenças de velocidade, de tratamento, no fundo.
2 Comments:
At 11:34 PM, Anonymous said…
Não vai haver melhoras. Melhorar algo, nesta era superlativa, jaz nas catacumbas onde caiu o simples bom senso. Doravante é só optimizações, maximizações e tratamentos de excelência. Isso é que é! Cumpts.
At 8:05 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo Bic Laranja:
Mas que fazer, temos de ir protestando, quer contra a ligeireza com que as palavras são empregues, q1uer contra o que o Meu Querido Amigo realça, o favor de que gozam certos grupos, até em decisões judiciais, sem razão actual que justifique.
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