A Pandemia da Irresponsabilidade
Não é só por cá que os homens públicos se aferrolham em tentativas de não tirarem consequências de condutas que tenham protagonizado. Na Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos o ex-leader da maioria Tom De Lay queria voltar a sê-lo, havendo apenas colocado sob suspensão esse estatuto, em função de um processo que lhe é movido no Texas, por ajudas ilegais a políticos do seu Partido. Agora, porém, surge como um dos principais nomes implicados no caso Abramoff, um escãndalo de contornos ainda mal definidos, o que o forçou a abster-se de se recandidatar ao lugar.
No Reino Unido, na sequência do que aqui se disse, Charles Kennedy demitiu-se da chefia Liberal-Democrata, apesar de ter tentado não o fazer, mesmo após a admissão dos seus problemas de alcoolismo e das mentiras empregues para os encobrir.
Como se vê, esse terrível virus que atinge preferencialmente os passarões também não conhece fronteiras. E, tal como na gripe das aves, a diferença está nos países que possuem vacinas e capacidade de combater os problemas e nos que delas são faltos. Lá, chorando baba e ranho, viram-se compelidos à demissão. Pelo nosso Portugal, alguém acreditaria que outro tanto venha ser a regra?
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