Ouro do Silêncio
Quem pense que, afinal, nas campanhas eleitorais o black-out também é uma realidade, em função de um dos candidatos ter afirmado não prestar mais declarações aos jornalistas, tenho de desenganá-Lo. Este expediente é, precisamente o contrário. Talvez um white-in. Não sei se o termo existe, mas, em caso negativo, fica instituído, a partir de agora. É que a "decisão" foi um mero pretexto para fazer mais uma declaração pública. Esgotada a paciência dos próprios conselheiros eleitorais para o chorrilho de fantasias e insultos que foi o respectivo programa, até hoje, não encontrando já, sequer, o interesse de quem lhe acompanha as voltas por dever de ofício, tinha de se voltar para outro lado; e afirmar-se vítima, uma vez mais, esperando que o amuo substitua, com mais êxito, a argumentação que não colou. Wishful thinking, evidentemente. Quase tão grande como o outro grande contributo para o debate, ao dizer que «as cabeleireiras se excitam com ele» a uma representante dessa digna classe profissional. A Senhora em questão respondeu-lhe que devia ser por ele gostar de falar. O que foi maneira diplomática de pôr os pontos nos ii. E de, através da simpatia, difarçar a piedade...
Afinal um ouro de tantos ou mais quilates encontrava-se na oportunidade perdida de estar calado.
Afinal um ouro de tantos ou mais quilates encontrava-se na oportunidade perdida de estar calado.
4 Comments:
At 1:10 PM, Bruno Santos said…
É a velha história. Uma boca, dois ouvidos. Deus nunca se engana.
At 4:12 PM, Anonymous said…
Ai o pai da pátria, que
desbaratou o território e a soberania, concerteza que isso perturba... Mas calo-me porque o silêncio é de ouro. Cumpts.
At 6:13 PM, João Villalobos said…
Que conversa é essa das cabeleireiras?! Por vezes, penso que não se perdia nada se esclarecesses melhor os desgraçados como eu que só seguem as campanhas através do misantropo
At 7:55 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimos BOS e Bic laranja:
Cheios de razão, claro está. Mas claro que não em Vós. Nele sim; e não dá por isso. Hihihi!
Meu Caro João:
Então não leste a narração de como foi proferida a frase brilhante que eu citei?
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