A Força do Número
Os posts anteriores vieram-me ao espírito por via das
declarações do assassino executado anteontem na Carolina do
Norte, o qual, mostrando ser muito mais sensível do que quando
levou a cabo o seu crime, declarou que odiaria passar à história
como um número- o milésimo a ser punido com a pena capital desde
a sua reintrodução. Não se quer aqui reavivar o debate sobre a
bondade ou não da inflicção da morte como sanção, que já figura
em páginas anteriores deste blogue. Nem sublinhar que a relevância
mundial dotermo da passagem daquele condenado pela Terra se deve,
exclusivamente, ao seu "número de ordem", o que já vem sublinhado,
por exemplo, no «DN» de hoje. Gostaria era de salientar que os
jornalistas estavam tão ansiosos por poderem noticiar o momento,
que deram, no princípio da semana, erradamente, uma outra execução,
na Virgínia, como sendo a milésima, quando era só a 999ª.
Parece-me, entretanto, interessante a ideia de uma perda do direito
ao nome como sanção acessória aplicada aos autores dos homicídios
mais repugnantes. E reservar a nomeação para quem sofreu sem culpa,
ou seja, para a Memória das Vítimas.
declarações do assassino executado anteontem na Carolina do
Norte, o qual, mostrando ser muito mais sensível do que quando
levou a cabo o seu crime, declarou que odiaria passar à história
como um número- o milésimo a ser punido com a pena capital desde
a sua reintrodução. Não se quer aqui reavivar o debate sobre a
bondade ou não da inflicção da morte como sanção, que já figura
em páginas anteriores deste blogue. Nem sublinhar que a relevância
mundial dotermo da passagem daquele condenado pela Terra se deve,
exclusivamente, ao seu "número de ordem", o que já vem sublinhado,
por exemplo, no «DN» de hoje. Gostaria era de salientar que os
jornalistas estavam tão ansiosos por poderem noticiar o momento,
que deram, no princípio da semana, erradamente, uma outra execução,
na Virgínia, como sendo a milésima, quando era só a 999ª.
Parece-me, entretanto, interessante a ideia de uma perda do direito
ao nome como sanção acessória aplicada aos autores dos homicídios
mais repugnantes. E reservar a nomeação para quem sofreu sem culpa,
ou seja, para a Memória das Vítimas.
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