Top Secret
Leitura, ainda incompleta, de um interessante livro de William
Casey, um Homem que chegou, com Reagan, a director da CIA,
tendo ficado ferido no atentado que o tomou por alvo. Trata-se
de uma tradução francesa de «THE SECRET WAR AGAINST
HITLER», onde o Autor, um veterano da OSS, conta alguns
pormenores curiosos de quadros gerais bem conhecidos. Como o
da teimosia de Roosevelt, que queria impor também à Itália,
apesar do governo não fascista de Badoglio, a rendição incondicional,
tendo dado um trabalhão a Eisenhower, ao seu adjunto Badell Smith
e aos serviços de inteligência, de modo a fintarem as absurdas
directivas que iam ameaçando comprometer o desembarque em
território transalpino.
Informações igualmente interessantes sobre os contactos com os
conspiradores contra Hitler e o modo como o nº 2 de Canaris na
Abwehr, o departamento de informações militar, era, na prática,
um agente aliado infiltrado.
Outro ponto alto respeita à desorganização da resistência francesa
à ocupação, que o memorialista sugere ter estado mais ocupada em
guerrear-se, facção contra facção, do que em enfrentar o ocupante,
assim como revela ter sido tardio o aparecimento da maior parte
das suas muitas tendências.
Um momento saboroso, muito capaz de contradizer a versão oficial
dos Historiadores Comunistas, que dizem ter a abulia do PCF, no
quadro do Pacto Germano-Soviético, até à invasão da URSS, sido
«um sacrifício, contra as vontades dos militantes e da direcção, para
preservar a paz». Casey recorda que ainda um mês antes do início
da «Operação Barbarossa» o L´Humanité havia tentado pactuar
com Vichy, apelando à «constituição de um Front national (ironia
da História- parêntesis meu) de todos os partidos políticos e à
afirmação de uma posição de neutralidade a respeito da Alemanha
e da Inglaterra».
Digam lá, não é leitura merecedora?
Casey, um Homem que chegou, com Reagan, a director da CIA,
tendo ficado ferido no atentado que o tomou por alvo. Trata-se
de uma tradução francesa de «THE SECRET WAR AGAINST
HITLER», onde o Autor, um veterano da OSS, conta alguns
pormenores curiosos de quadros gerais bem conhecidos. Como o
da teimosia de Roosevelt, que queria impor também à Itália,
apesar do governo não fascista de Badoglio, a rendição incondicional,
tendo dado um trabalhão a Eisenhower, ao seu adjunto Badell Smith
e aos serviços de inteligência, de modo a fintarem as absurdas
directivas que iam ameaçando comprometer o desembarque em
território transalpino.
Informações igualmente interessantes sobre os contactos com os
conspiradores contra Hitler e o modo como o nº 2 de Canaris na
Abwehr, o departamento de informações militar, era, na prática,
um agente aliado infiltrado.
Outro ponto alto respeita à desorganização da resistência francesa
à ocupação, que o memorialista sugere ter estado mais ocupada em
guerrear-se, facção contra facção, do que em enfrentar o ocupante,
assim como revela ter sido tardio o aparecimento da maior parte
das suas muitas tendências.
Um momento saboroso, muito capaz de contradizer a versão oficial
dos Historiadores Comunistas, que dizem ter a abulia do PCF, no
quadro do Pacto Germano-Soviético, até à invasão da URSS, sido
«um sacrifício, contra as vontades dos militantes e da direcção, para
preservar a paz». Casey recorda que ainda um mês antes do início
da «Operação Barbarossa» o L´Humanité havia tentado pactuar
com Vichy, apelando à «constituição de um Front national (ironia
da História- parêntesis meu) de todos os partidos políticos e à
afirmação de uma posição de neutralidade a respeito da Alemanha
e da Inglaterra».
Digam lá, não é leitura merecedora?
8 Comments:
At 3:11 PM, Miles said…
This comment has been removed by a blog administrator.
At 3:13 PM, Miles said…
Sobre o PCF e o seu pasquim, convém recordar esta história deliciosa: as autoridades de ocupação alemão chegaram a anuir que o L'Humanité pudesse cirtcular livremente em território francês, o que não sucedeu apenas porque o Marechal Pétain a isso se opôs expressamente. O velho Marechal não era o fantoche que a historiografia oficial supõe...
At 3:33 PM, Flávio Santos said…
Há muitas histórias sobre a conivência do PCF com o ocupante alemão até ao dia 21 de Junho de 1941. A DPF fez uma brochura com reprodução de números do "L'Humanité" e panfletos comunistas que é reveladora.
Pétain e Laval - presentes!
At 3:34 PM, Flávio Santos said…
Sobre "histórias italianas" pode-se ler, com reserva, o seguinte texto:
http://usuarios.lycos.es/christianlr/01d51a93a50f9c311/01d51a93ea105c507.html
At 6:10 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo JSarto: essa é um verdadeiro portento. O Marechal foi, até bastante tarde, honrado com uma aceitação esmagadora. A coisa só deu para o torto quando, com medo de represálias demasiado duras sobre os franceses, recusou passar ao Norte de África e lutar contra os Alemães, após a violação dos acordos do Armistício, por parte destes.
Caríssimo FG Santos:
Obrigado, Amigão. Vou cultivar-me, lendo-os.
At 10:50 PM, Anonymous said…
No que respeita à mitologia da resistência francesa, é fundamental ler «Histoire Critique de la Resistence», de Dominique Venner (Pygmalion)
At 7:36 AM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigado pela sugestão, Eurico. Vou pôr-me em campo.
At 12:11 PM, Anonymous said…
El asesinato del Almirante Darlan
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