Infantilidades
Sempre me repugnou a mistura do mundo das crianças com
a política. Já não falo dos diminutivos, ou no espírito
de jogo, como fingimento - que não à maneira do lúdico
adulto - patente em todos os aspectos das campanhas
eleitorais norte-americanas. Basta-me permanecer por cá;
fico com pele de galinha quando vejo os candidatos a
cargos públicos procurarem popularidade com os beijos a
criancinhas sempre com o olho no voto da mãe ou do pai
delas, para não falar do do telespectador. Creio ser uma
insensatez e uma inconsciência levar crianças para as
manifestações, o que mantenho ao considerar aquelas que
lutam por causas que defendo. Irrita-me, sobremaneira,
que façam palhaçadas como levar a miudagem para o
parlamento, estimuland-as a, brincando aos deputados,
oferecerem um espectáculo quase tão degradante como o
diariamente protagonizado pelos titulares das cadeiras.
Revolta-me que instilem nos pequenos, a maior parte dos
quais ainda não possui defesas que os imunizem, o vírus
da exaltação, sem qualquer aparato crítico, de inventadas
virtudes do 25 de Abril, ou do 5 de Outubro.
Mas o cúmulo é atingido quando se vê un candidato à
Presidência da República, untuoso e repugnante, a louvar
a esperteza de um miúdo cuja turma escolar foi visitar,
em campanha, convenientemente acompanhado pela televisão.
O artificialismo da conversae o grau de simulação da
simpatia esclareceram-me bem de que há "crianças" muito mais
completas na arte de fingir. E têm mais de 80 anos.
a política. Já não falo dos diminutivos, ou no espírito
de jogo, como fingimento - que não à maneira do lúdico
adulto - patente em todos os aspectos das campanhas
eleitorais norte-americanas. Basta-me permanecer por cá;
fico com pele de galinha quando vejo os candidatos a
cargos públicos procurarem popularidade com os beijos a
criancinhas sempre com o olho no voto da mãe ou do pai
delas, para não falar do do telespectador. Creio ser uma
insensatez e uma inconsciência levar crianças para as
manifestações, o que mantenho ao considerar aquelas que
lutam por causas que defendo. Irrita-me, sobremaneira,
que façam palhaçadas como levar a miudagem para o
parlamento, estimuland-as a, brincando aos deputados,
oferecerem um espectáculo quase tão degradante como o
diariamente protagonizado pelos titulares das cadeiras.
Revolta-me que instilem nos pequenos, a maior parte dos
quais ainda não possui defesas que os imunizem, o vírus
da exaltação, sem qualquer aparato crítico, de inventadas
virtudes do 25 de Abril, ou do 5 de Outubro.
Mas o cúmulo é atingido quando se vê un candidato à
Presidência da República, untuoso e repugnante, a louvar
a esperteza de um miúdo cuja turma escolar foi visitar,
em campanha, convenientemente acompanhado pela televisão.
O artificialismo da conversae o grau de simulação da
simpatia esclareceram-me bem de que há "crianças" muito mais
completas na arte de fingir. E têm mais de 80 anos.
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