Contágios
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Talvez por equiparem de encarnado e branco, sempre um indício de rectidão, o Canadá e a Suíça são daqueles países de onde não se espera que venham notícias de corrupção ou, sequer de
insultos políticos, ressalvando, no primeiro desses países, o caso especial das campanhas separatistas do Quebeque. Eis senão quando um inquérito vem dar como enterrado até às orelhas em financeiras irregularidades o anterior premier, Chrétien, embora inocentando um seu destacado colaborador, por acaso o actual Primeiro-Ministro Martin, de forma que fede a favores ao poder.
Não se conformando, as oposições, fizeram triunfar moção de censura no parlamento, medida bastante para fazer o governo cair e serem convocadas eleições.
O que não se esperava é que o actual chefe de governo enveredasse por infantis invectivas, dizendo que o seu rival conservador na corrida, Stephen Harper não sabia conjugar a frase I love Canada e que os canadianos tinham de lhe agradecer o lamentável «presente natalício» que é a crise política, ao mesmo tempo que os seus propagandistas faziam passar na televisão spots em que o leader da oposição conservadora vinha pintado nas negras cores do dickensiano Scoorge. O que vem comprovar que nem os países frios estão imunes à peixeirada das lutas partidárias, nem o Período Natalício é já aquele em que se encolhe as garras; acima de tudo que, em política, os maus hábitos são piores do que as mais intimidantes epidemias. E que se pegam a uma velocidade assustadora. Mas talvez o feitiço se volte contra o feiticeiro e este "Scrooge", obtendo a sua redenção, se revele uma figura mais popular do que o seu acusador.
Talvez por equiparem de encarnado e branco, sempre um indício de rectidão, o Canadá e a Suíça são daqueles países de onde não se espera que venham notícias de corrupção ou, sequer de
insultos políticos, ressalvando, no primeiro desses países, o caso especial das campanhas separatistas do Quebeque. Eis senão quando um inquérito vem dar como enterrado até às orelhas em financeiras irregularidades o anterior premier, Chrétien, embora inocentando um seu destacado colaborador, por acaso o actual Primeiro-Ministro Martin, de forma que fede a favores ao poder.
Não se conformando, as oposições, fizeram triunfar moção de censura no parlamento, medida bastante para fazer o governo cair e serem convocadas eleições.
O que não se esperava é que o actual chefe de governo enveredasse por infantis invectivas, dizendo que o seu rival conservador na corrida, Stephen Harper não sabia conjugar a frase I love Canada e que os canadianos tinham de lhe agradecer o lamentável «presente natalício» que é a crise política, ao mesmo tempo que os seus propagandistas faziam passar na televisão spots em que o leader da oposição conservadora vinha pintado nas negras cores do dickensiano Scoorge. O que vem comprovar que nem os países frios estão imunes à peixeirada das lutas partidárias, nem o Período Natalício é já aquele em que se encolhe as garras; acima de tudo que, em política, os maus hábitos são piores do que as mais intimidantes epidemias. E que se pegam a uma velocidade assustadora. Mas talvez o feitiço se volte contra o feiticeiro e este "Scrooge", obtendo a sua redenção, se revele uma figura mais popular do que o seu acusador.
1 Comments:
At 8:34 PM, Teté Almeida said…
Gostei do seu blog!
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