Minorias e Minorias
Quando, apesar de de ter registado grande afluência, a
população sunita do Iraque está prestes a ver-se
convencida do seu estatuto minoritário, no referendo
do esboço da nova Constituição, uma outra minoria,
de muito menor expressão, vai conseguindo impor os seus
hábitos às Instituições iraquianas. Falo dos militares
norte-americanos que, a crer nas notícias, conseguiram
pegar a um tribunal iraquiano a prática de negociação
da acusação, corrente nas instâncias judiciais do seu
País. Falo da alegada proposta a Tarek Aziz, para que
depusesse contra Sadam, o seu antigo patrão, não sendo,
em troca, acusado dos crimes graves em que lhe atribuem
participação. Não se trata, como vai havendo em todo o
mundo, de um estatuto especial para "arrependidos". É, sim,
o puro regatear entre defensores e prosecutors, através
da incriminação ou não, em troca de testemunhos.
Talvez seja melhor esquecer a controvérsia sobre a bandeira
iraquiana e adicionar mais uma estrela à dos EUA.
população sunita do Iraque está prestes a ver-se
convencida do seu estatuto minoritário, no referendo
do esboço da nova Constituição, uma outra minoria,
de muito menor expressão, vai conseguindo impor os seus
hábitos às Instituições iraquianas. Falo dos militares
norte-americanos que, a crer nas notícias, conseguiram
pegar a um tribunal iraquiano a prática de negociação
da acusação, corrente nas instâncias judiciais do seu
País. Falo da alegada proposta a Tarek Aziz, para que
depusesse contra Sadam, o seu antigo patrão, não sendo,
em troca, acusado dos crimes graves em que lhe atribuem
participação. Não se trata, como vai havendo em todo o
mundo, de um estatuto especial para "arrependidos". É, sim,
o puro regatear entre defensores e prosecutors, através
da incriminação ou não, em troca de testemunhos.
Talvez seja melhor esquecer a controvérsia sobre a bandeira
iraquiana e adicionar mais uma estrela à dos EUA.
4 Comments:
At 4:10 PM, JMTeles da Silva said…
Resta saber o nível de gravidade dos alegados crimes do Aziz. Mas como princípio concordo consigo.
Apesar de eu ser moderadamente americanófilo, de facto há determinados aspectos da sua actuação que me irritam supinamente. As relações dos EE UU com não americanos são por vezes muito "saloias" e mesmo ignorantes.
Abraço.
At 5:55 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro JMTeles da Silva:
E eu estou longe de ser americanófobo. Procuro ser imparcial. Penso, por exemplo - e tenho-o dito -, que o sistema político e judicial dos EUA, com a realização de primárias e a possibilidade de num mesmo partido coexistirem portadores de valores completamente diferentes, é muito mais respeitador da esfera pessoal do que os doutrinarismos estreitos das siglas europeias.
De igual modo, tenho o máximo respeito pela dureza das cominações penais americanas em matéria de uso undevido de dinheiros, no exercício de funções públicas.
Agora, a negociata em matéria de punição criminal é que não. Não posso sequer dizer que nem interessa ao Menino Jesus. O apropriado será entender que nem
interessa à vaca do Presépio!
At 8:26 PM, vs said…
Os EUA são uma República ou uma Democracia?
:)
At 2:08 AM, Anonymous said…
Os americanos, apesar das suas "vitórias" mediáticas parecem não saber o que fazer relativamente ao Iraque.
A farsa toda que é impor eleições a bem ou a mal, à lei da bomba, quando necesário só vai resultar no seguinte:
-1º Ou ficam lá para sempre - e já morreram até hoje, directamente - pois creio que não se contam nessas baixas os feridos que morrem depois -, cerca de 2000 soldados;
-2º Ou se vão embora - e dessa forma deixam um país mergulhado na guerra cívil, no caos e na anarquia que eles provocaram.
-3º Formação de levas sucessivas de terroristas treinados pelos americanos que um dia os hão-de atacar a si, aos seus interesses e aos seus aliados;
-4º Fortalecimento político e militar do Irão;
-5º Abriram a caixa de Pandora e agora não a conseguem fechar...
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