Possa Ele Descansar em Paz...
Morreu Simon Wiesenthal, com 96 anos. É compreensível
a sua acção, seja por um anseio de justiça, seja por
pretender vingar as acções que levaram a cabo contra
o seu Povo. Mas há algo de terrível numa vida inteira
dedicada a perseguir acossados resquícios tornados
inofensivos, nos derradeiros tempos, velhos e doentes.
Há muita dor, há muita mágoa há zero em perdão. O Deus
da sua Fé é bem o anterior à Mensagem Evangélica.
Mas, claro, nem esse furor desculpa o passado das suas
presas perante a História.
a sua acção, seja por um anseio de justiça, seja por
pretender vingar as acções que levaram a cabo contra
o seu Povo. Mas há algo de terrível numa vida inteira
dedicada a perseguir acossados resquícios tornados
inofensivos, nos derradeiros tempos, velhos e doentes.
Há muita dor, há muita mágoa há zero em perdão. O Deus
da sua Fé é bem o anterior à Mensagem Evangélica.
Mas, claro, nem esse furor desculpa o passado das suas
presas perante a História.
7 Comments:
At 11:54 PM, Anonymous said…
Nunca li um livro na vida. Não tenho tempo. Prefiro ouvir música e ver revistas de moda.
Victoria Beckham
At 1:41 AM, Anonymous said…
Tudo sobre o embusteiro Wiesenthal:
http://www.ihr.org/leaflets/wiesenthal.shtml
At 1:51 AM, Anonymous said…
Em 1975, o chanceler austríaco Bruno Kreisky, socialista e judeu, acusou o dito «caçador de nazis» de ter colaborado abundantemente com os alemães na II Guerra Mundial. Kreisky conhecia-o de «relatórios secretos que li, e que são muito, muito desagradáveis para ele». Quanto à famosa «captura de Eichmann»,Isser Harel, o agente israelita da Mossad e do Shin Bet que comandou a equipa que, essa sim, o prendeu, na realidade, declarou que Wiesenthal «não teve absolutamente nada a ver» com a operação. Apenas dois detalhes interessantes sobre a figura à qual o referido Bruno Kreisky se referiu como «um mafioso». Caro Porto, é preciso muito cuidado para não engolirmos gato por lebre...
At 5:28 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Eurico:
Como resulta claro do "post", não corro esse risco, lebres destas não peço em restaurante algum. Não me peçam é, na altura de um passamento, ir mais longe do que fui. Respeito muito a morte e tento ser menos mau cristão.
Ao Autor do 1º comentário:
esse assunto já aqui foi tratado e debatido. É só ir aos arquivos...
At 11:29 AM, João Villalobos said…
Bom, eu já sabia que aqui se havia de falar da morte de Wiesenthal. E que os comentários não iriam ser propriamente panegíricos. Penso que o Paulo tocou, mais no que ele realmente fez ou deixou de fazer, no problema fulcral que é, quanto a mim, o tema do perdão (ou da ausência do mesmo) para o judaísmo.
Ao não perdoar, ao transformar-se a vítima em carrasco, perde-se a vitória moral mais elevada que se pode alcançar e mostra-se descrença pela justiça divina ou, se preferirem, kármica.
O «Caçador de Nazis» dedicou a sua vida a uma missão de «search and destroy». Que a terra lhe seja leve.
At 12:48 PM, Anonymous said…
O problema fulcral é que o homem era uma fraude, que alimentou ao longo de toda a sua vida. O resto são minudências.
At 1:36 PM, João Villalobos said…
Ó Eurico, fraude também foram os Protocolos de Sião e deram azo, desde a sua criação pela Okrana, a muita coisa.
E fraude são muitas biografias «oficiais» de muito boa gente que para aí anda ou que deixou de andar.
Mas pronto, também não quero aqui vir discutir o tema da reconstrução histórica pessoal ou de regime onde, aliás, os media tiveram e têm um papel fundamental. Abraço
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