Leitura Matinal -125
Não há espírito ilustre a quem o Mal não repugne.
Nem sempre o mal é reconhecível. Porque não se está
só, o péssimo de uns pode ser o paraíso dos outros.
Mas é também por todos nós não estarmos sozinhos,
porque temos a Revelação do Infinito Bem, que se gera
uma aptidão e uma responsabilidade de condutas e de
julgamentos que faz superar a tentação de identificarmos
o bom com a nossa pobre pessoa, com os seus objectivos,
preferências e hábitos.
Quer dizer que Deus é incompatível com a solidão? Qual
quê! Como O imagino é a Solidão. Tendo-nos criado, para de
Poder passar a Divindade Absoluta, pelo merecimento do Amor,
a recusa da espécie humana em avançar na sua direcção, no
sentido do aperfeiçoamento que estreitasse o Caminho para Si
deveria bem torná-Lo a definição de isolamento e de melancolia,
não fora tudo prever e tudo perdoar. Mas não ter algém ao Seu
nível é sempre estar Só.
E que papel para a solidãozinha na conservação da integridade
terrena? Pobres homens: para Merecerem o "H" grande terão de se
apartar de contágios vários, que vão das condutas reprováveis à
dependência de espírito. Mas há uma ratoeira - que a concepção
de uma superioridade própria desemboque no desprezo dos restantes.
Evitá-lo e sigrar sem tergiversações com um sorriso amável mas
não hipócrita, por entre a multidão, sem a ferir, sendo indulgente,
mas sem com ela acamaradar e rebaixar-se, é mais do que arte de
conviver, é perfeição de sentir, é Arte de Viver.
De Paul Celan:
ESTE É O MOMENTO EM QUE
os lobisomens se
ficam pelo caminho.
Nenhum
esbirro vive
já.
O Homem, verdadeiro e solitário,
passeia o porte íntegro por entre
os Homens.
Nem sempre o mal é reconhecível. Porque não se está
só, o péssimo de uns pode ser o paraíso dos outros.
Mas é também por todos nós não estarmos sozinhos,
porque temos a Revelação do Infinito Bem, que se gera
uma aptidão e uma responsabilidade de condutas e de
julgamentos que faz superar a tentação de identificarmos
o bom com a nossa pobre pessoa, com os seus objectivos,
preferências e hábitos.
Quer dizer que Deus é incompatível com a solidão? Qual
quê! Como O imagino é a Solidão. Tendo-nos criado, para de
Poder passar a Divindade Absoluta, pelo merecimento do Amor,
a recusa da espécie humana em avançar na sua direcção, no
sentido do aperfeiçoamento que estreitasse o Caminho para Si
deveria bem torná-Lo a definição de isolamento e de melancolia,
não fora tudo prever e tudo perdoar. Mas não ter algém ao Seu
nível é sempre estar Só.
E que papel para a solidãozinha na conservação da integridade
terrena? Pobres homens: para Merecerem o "H" grande terão de se
apartar de contágios vários, que vão das condutas reprováveis à
dependência de espírito. Mas há uma ratoeira - que a concepção
de uma superioridade própria desemboque no desprezo dos restantes.
Evitá-lo e sigrar sem tergiversações com um sorriso amável mas
não hipócrita, por entre a multidão, sem a ferir, sendo indulgente,
mas sem com ela acamaradar e rebaixar-se, é mais do que arte de
conviver, é perfeição de sentir, é Arte de Viver.
De Paul Celan:
ESTE É O MOMENTO EM QUE
os lobisomens se
ficam pelo caminho.
Nenhum
esbirro vive
já.
O Homem, verdadeiro e solitário,
passeia o porte íntegro por entre
os Homens.
2 Comments:
At 1:34 PM, Anonymous said…
«ESTE É O MOMENTO» que só queria estar contigo...diz algo p.f.
At 3:10 PM, João Villalobos said…
Santo Deus! Desaparece a saudosa menina Innie, e eis que surge um anjo! Que acidentado ciclo de emoções aqui publicamente partilhado. Fazia a vida do nosso misantropo muito mais pacata em affaires de coeur :)
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