Leitura Matinal -111
Eterno conflito entre a fria perenidade pétrea e a
intermitência imprecisa do sonho e do Passado.
Acreditar que o oficialismo das visões do acontecido,
enquadrado pelas convenções, é forma onde se compõe,
castrando-a, a dimensão atraentemente livre do que se
sonha ou se pressente. Como a reacção afectiva ligada
ao telúrico ancestral pode insurgir-se contra as correias
que imobilizam a intenção do pulo espiritual de uma cara
exempção das conveniências vulgares. Repousemos nessa
ambição estimável com António Dacosta, no seu
POEMA PORTUGUÊS
Ó minha terra de nevoeiros míticos
De imerecidas serras frescas
O sol que aquece os teus dias não é nulo
Nem os epistémicos deuses que te espreitam
Do alto sobre as tuas sete colinas
Ávidas estátuas tristes de serem velhas sombras
Antigas e só oníricas de vez em quando
Deixai pois ó pretas gravatas públicas da verdade
Deixai o sonho ser tão real como são
As pedras os muros as casas as amplas cidades
A morna brisa que te aquece as noites
Há-de amanhã soprar outra vez e outra vez
E tudo o que no redondo mundo é vivo
Será vida como agora a vejo eternamente a mesma.
intermitência imprecisa do sonho e do Passado.
Acreditar que o oficialismo das visões do acontecido,
enquadrado pelas convenções, é forma onde se compõe,
castrando-a, a dimensão atraentemente livre do que se
sonha ou se pressente. Como a reacção afectiva ligada
ao telúrico ancestral pode insurgir-se contra as correias
que imobilizam a intenção do pulo espiritual de uma cara
exempção das conveniências vulgares. Repousemos nessa
ambição estimável com António Dacosta, no seu
POEMA PORTUGUÊS
Ó minha terra de nevoeiros míticos
De imerecidas serras frescas
O sol que aquece os teus dias não é nulo
Nem os epistémicos deuses que te espreitam
Do alto sobre as tuas sete colinas
Ávidas estátuas tristes de serem velhas sombras
Antigas e só oníricas de vez em quando
Deixai pois ó pretas gravatas públicas da verdade
Deixai o sonho ser tão real como são
As pedras os muros as casas as amplas cidades
A morna brisa que te aquece as noites
Há-de amanhã soprar outra vez e outra vez
E tudo o que no redondo mundo é vivo
Será vida como agora a vejo eternamente a mesma.
1 Comments:
At 12:00 AM, Anonymous said…
Leitura Noturna:
Desculpa o abuso, não sei onde estás, ou com quem estás, mas espero que estejas bem e feliz, sinceramente...eu estou, sinto-me só, não consigo adormecer. O dia hoje não foi melhor. Na minha cabeça só dúvidas.
Estou com o Misa, tu sabes como, ao meu lado, se pudesse ficava a escrever toda a noite, desculpa estas tolices.
Vou apagar a minha luz (o Misa) e tentar adormecer. Preciso de ti...bjlágrima.
Post a Comment
<< Home