Germania
Durante a semana que está à beira de expirar
a comunicação social portuguesa e até alguma imprensa
estrangeira, por norma melhor informada, foram
insinuando que, na eventualidade de inexistência
de maiorias naturais, após as eleições alemãs de
Domingo, a formação de uma grande coligação CDU-
-SPD seria inédita, no Pós-Guerra. Nem por sombras,
já existiu uma, entre 1966 e 1969. E se funcionou e
terminou mal, isso ficou a dever-se à inabilidade
política do Chanceler Kurt Georg Kiesinger, de resto
reconhecida pelo próprio.
Não se pense que nos países germânicos o processo de
coligação entre os dois maiores partidos é coisa tão
penosa de se ver como o Bloco Central português. A
Áustria, a Holanda, a Bélgica, creio que os países
nórdicos, já passaram, sem trauma de maior, por essas
experiências.
Lá, as ambições pessoais não costumam sobressair numa
guerrilha do dia-a-dia. Veja-se como, adiando a delfínica conexão
a Kohl, que já, de jure, era sua, Merkel, nas últimas
eleições, apoiou lealmente Stoiber. E como este, depois
de mal perdido um despique que se tinha visto "no
papo", reforçando a ideia de que nenhum Ministro-Presidente
da Baviera pode chegar à chancelaria, assim como nenhum
Jesuíta conseguirá alcançar a Tiara Papal, retribuiu,
não disputando "primárias" para a corrente eleição.
Apetece dizer, adaptando o Dantas: Como é diferente a
política na Alemanha.
a comunicação social portuguesa e até alguma imprensa
estrangeira, por norma melhor informada, foram
insinuando que, na eventualidade de inexistência
de maiorias naturais, após as eleições alemãs de
Domingo, a formação de uma grande coligação CDU-
-SPD seria inédita, no Pós-Guerra. Nem por sombras,
já existiu uma, entre 1966 e 1969. E se funcionou e
terminou mal, isso ficou a dever-se à inabilidade
política do Chanceler Kurt Georg Kiesinger, de resto
reconhecida pelo próprio.
Não se pense que nos países germânicos o processo de
coligação entre os dois maiores partidos é coisa tão
penosa de se ver como o Bloco Central português. A
Áustria, a Holanda, a Bélgica, creio que os países
nórdicos, já passaram, sem trauma de maior, por essas
experiências.
Lá, as ambições pessoais não costumam sobressair numa
guerrilha do dia-a-dia. Veja-se como, adiando a delfínica conexão
a Kohl, que já, de jure, era sua, Merkel, nas últimas
eleições, apoiou lealmente Stoiber. E como este, depois
de mal perdido um despique que se tinha visto "no
papo", reforçando a ideia de que nenhum Ministro-Presidente
da Baviera pode chegar à chancelaria, assim como nenhum
Jesuíta conseguirá alcançar a Tiara Papal, retribuiu,
não disputando "primárias" para a corrente eleição.
Apetece dizer, adaptando o Dantas: Como é diferente a
política na Alemanha.
2 Comments:
At 3:05 PM, Macro said…
Caro Paulo,
Sempre boas fotos, muita história, do estrangeiro de preferência, e muita arte. Tem de me dizer onde fica o seu catálogo.Gostava de o ouvir dissertar sobre Oeiras, se é que já pensou nisso, apesar de votar em Cascais, creio.. Diga-me o que acha de tudo isso e das consequências políticas e eleitorais do futuro próximo que qqr dia é já passado.
Ora aí tem um bom objecto para um dos seus blogs, se condordar é claro. Mas como deve gostar tanto ou mais da linha do Estoril... Vai daí..
um abraço amigo
RPMatos
At 4:31 PM, vs said…
Porque é que um Jesuíta não pode aspirar a ser Papa?
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