O Túnel e a Luz ao Fundo
Sempre me cativaram as histórias de túneis. A
minha Amiga Carmo Cruz que exulte com o que,
psicanaliticamente, a coisa possa significar.
Da minha perspectiva terra a terra, no entanto,
há uma explicação límpida. A tónica do meu
interesse prendeu-se sempre, algo injustamente,
não com o engenho e a paciência dos construtores,
mas, opostamente, com a falta de operacionalidade
daqueles que estariam encarregados de os impedir,
os quais passam pouco menos que por obtusos. O
paroxismo tinha lugar nas grandes evasões prisionais
que se valeram do sistema.
Mas surgiu uma nova que quadra nesta velha atracção.
Hábeis ladrões construiram uma passagem subterrânea
de 200 m de comprimento para se alambazarem com uma
razoável fortuna, num banco do Brasil. A preocupação
que os norteou terá sido, provavelmente, paralela à
dos grandes evadidos: alcançar a liberdade, entendida
aqui como independência económica. Não sabem, os pobres
iludidos, que mesmo que tenham êxito em evitar capturas,
a nova condição de acossados e de escravizados ao pilim,
não os torna livres, mas os mais oprimidos dos escravos.
É a diferença entre escavar para sair, ou fazê-lo para
entrar. E o brilho que se via ao fim não era da luz do
sol; era do ouro, que se guarda em espaços fechados.
minha Amiga Carmo Cruz que exulte com o que,
psicanaliticamente, a coisa possa significar.
Da minha perspectiva terra a terra, no entanto,
há uma explicação límpida. A tónica do meu
interesse prendeu-se sempre, algo injustamente,
não com o engenho e a paciência dos construtores,
mas, opostamente, com a falta de operacionalidade
daqueles que estariam encarregados de os impedir,
os quais passam pouco menos que por obtusos. O
paroxismo tinha lugar nas grandes evasões prisionais
que se valeram do sistema.
Mas surgiu uma nova que quadra nesta velha atracção.
Hábeis ladrões construiram uma passagem subterrânea
de 200 m de comprimento para se alambazarem com uma
razoável fortuna, num banco do Brasil. A preocupação
que os norteou terá sido, provavelmente, paralela à
dos grandes evadidos: alcançar a liberdade, entendida
aqui como independência económica. Não sabem, os pobres
iludidos, que mesmo que tenham êxito em evitar capturas,
a nova condição de acossados e de escravizados ao pilim,
não os torna livres, mas os mais oprimidos dos escravos.
É a diferença entre escavar para sair, ou fazê-lo para
entrar. E o brilho que se via ao fim não era da luz do
sol; era do ouro, que se guarda em espaços fechados.
2 Comments:
At 12:45 AM, Anonymous said…
Para já, muito devem eles estar a rir, se frequentarem este blog.
At 9:39 AM, Paulo Cunha Porto said…
Pois, mas á risota está prestes a acabar. Tenho a certeza que vai começar o tempo da angústia.
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