O Peso do Uniforme
Não posso evitar, sou mesmo assim. Sempre cresci
educado num respeito acrescido pelas carreiras de
disciplina rígida, como a Militar, a Eclesiástica
e, em menor grau, a Diplomática. E, quando era um
petiz, ainda não era dfícil encontrar oficiais
uniformizados pelos restaurantes ou passeios de Lisboa.
Tendo a sorte de ter cumprido a maior parte do meu
serviço militar na inolvidável cidade de Évora,
também por lá era mais fácil encontrar, na rua, membros
da guarnição do QG/RMSUL devidamente fardados, em
comparação com a cada vez mais triste capital. E a
minha Mãe sempre lamentou a Decisão Conciliar que aboliu,
na prática, o uniforme eclesiástico.
Mas essa especial consideração pelos corpos especiais da
sociedade implicava que, pelo seu comportamento, eles a
merecessem. Sabe-se como a "gloriosa efeméride" do 25A se
iniciou por uma reivindicação profissional. Antes já o
governador Vassalo, do Estado da Índia se tinha conduzido,
não como o General de Engenharia que se dizia, mas como
um porteiro, sem ofensa para esta classe profissional, que
actua como dela se espera.
Hoje, mais um passo atrás, com os cortes nos regimes sociais
especiais dos militares, que o governo pretende levar a cabo,
e com a resposta das manifestações contestatárias efectuadas
pelos visados.
Inquirido sobre que tipo de medidas estariam dispostos a
adoptar, disse hoje um dos leaders da manifestação, por mim
visto e ouvido na TVI: Não queríamos chegar tão longe, mas não
cometo uma inconfidência se repetir o que o Sr. Ministro nos
disse: «afinal, Vocês é que têm as armas». Alguém acredita
que seja mais do que a ameaça velada de um impotente? Ministro
e manifestantes merecem-se, não haja dúvida. E como, para esta
gente, o Passado é irrelevante, entendam-se.
Este post é dedicado ao meu Amigo Roberto de Moraes.
educado num respeito acrescido pelas carreiras de
disciplina rígida, como a Militar, a Eclesiástica
e, em menor grau, a Diplomática. E, quando era um
petiz, ainda não era dfícil encontrar oficiais
uniformizados pelos restaurantes ou passeios de Lisboa.
Tendo a sorte de ter cumprido a maior parte do meu
serviço militar na inolvidável cidade de Évora,
também por lá era mais fácil encontrar, na rua, membros
da guarnição do QG/RMSUL devidamente fardados, em
comparação com a cada vez mais triste capital. E a
minha Mãe sempre lamentou a Decisão Conciliar que aboliu,
na prática, o uniforme eclesiástico.
Mas essa especial consideração pelos corpos especiais da
sociedade implicava que, pelo seu comportamento, eles a
merecessem. Sabe-se como a "gloriosa efeméride" do 25A se
iniciou por uma reivindicação profissional. Antes já o
governador Vassalo, do Estado da Índia se tinha conduzido,
não como o General de Engenharia que se dizia, mas como
um porteiro, sem ofensa para esta classe profissional, que
actua como dela se espera.
Hoje, mais um passo atrás, com os cortes nos regimes sociais
especiais dos militares, que o governo pretende levar a cabo,
e com a resposta das manifestações contestatárias efectuadas
pelos visados.
Inquirido sobre que tipo de medidas estariam dispostos a
adoptar, disse hoje um dos leaders da manifestação, por mim
visto e ouvido na TVI: Não queríamos chegar tão longe, mas não
cometo uma inconfidência se repetir o que o Sr. Ministro nos
disse: «afinal, Vocês é que têm as armas». Alguém acredita
que seja mais do que a ameaça velada de um impotente? Ministro
e manifestantes merecem-se, não haja dúvida. E como, para esta
gente, o Passado é irrelevante, entendam-se.
Este post é dedicado ao meu Amigo Roberto de Moraes.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home