O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Monday, August 22, 2005

E os Ensinamentos da Experiência?

Não me espantei com as notícias dos contactos
diplomáticos mais ou menos paralelos que terão
tido lugar entre os E.U.A. e o deposto governo
taliban, do Afeganistão. Nem com a tentativa
de que o regime do Mullah Omar matasse ou desse
a matar ao gigante americano o seu inimigo público
nº1. O que me deixou espantado e deveria ter deixado
o Secretário da Defesa avergonhado, para parafrasear
o outro, foi a oferta feita: O fornecimento de mísseis
de cruzeiro. Armar quem nos odeia! Os exemplos, apesar
de tudo menos ostensivos, do Irão e de Sadam não terão
servido para coisa alguma!

9 Comments:

  • At 12:33 PM, Blogger Flávio Santos said…

    Não o sabia tão ingénuo! Os EUA deram imenso apoio aos taliban ANTES de eles chegarem ao poder, depois condescenderam com o Paquistão quando este requereu que os seus agentes secretos pudessem sair do Afeganistão após a invasão americana, tendo os EUA criado uma ponte aérea que permitiu àqueles mas também a muitos taliban e membros da Al-Qaeda a chegada tranquila ao Paquistão.

     
  • At 2:50 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Mas mísseis de cruzeiro são um salto qualitativo, ou não?

     
  • At 3:49 PM, Blogger Flávio Santos said…

    Se calhar estavam fora do prazo de validade...

     
  • At 12:13 AM, Anonymous Anonymous said…

    Maravilhas da prestidigitadora Administração W. Bush - que agora se prepara para derreter milhões de dólares do contribuinte americano a pagar as indemnizações aos despejados colonos de Gaza.

     
  • At 2:23 AM, Blogger vs said…

    O Eurico esqueceu-se dos vastos milhões de dólares que se preparam para VOAR (e já voaram muitos no passado) também para os cofres da Autoridade Palestiniana.

    (se ocupa, tá mal porque ocupa...se retira tá mal porque retira...ai, ai,ai)

    O 'tax payer' americano, esse, já não se arrelia muito...pois já está habituado a que incontáveis milhões se 'evaporem', todos os anos, dos (aparente e insistentemente inesgotáveis) cofres da Reserva Federal para sustentar todo o tipo de 'coisas', indivíduos, grupos, grupelhos, numerosos países, situações, tropelias e desvarios de diverso calibre um pouco por todo o globo.

    A situação que o Paulo Cunha Porto descreve no post não é própriamente novidade e só confirma algo que é GRAVE: a extraordinária inabilidade dos EUA para a 'gestão' e escolha das 'amizades' e a sua grande miopia estratégica, que tantos dissabores já lhes trouxe.

     
  • At 2:32 AM, Blogger vs said…

    Por falar nisso.....que será feito dos milhões de 'bucks' que entram nos cofres da filantrópica e benemérita Autoridade Palestiniana?!?!

    E que será feito do escasso 'pocket change' que o paupérrimo (e amigo dos pobres e oprimidos) Yasser Arafat deixou de herança?!?!

    Sempre deve ter dado para comprar uns chupa-chupas...
    :)

     
  • At 7:31 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meus Caros Amigos:
    Por favor, reparem na questão que considerei fundamental no texto do "post". A natureza da arma a servir de objecto de troca. Sendo o míssil de cruzeiro particularmente difícil de detectar e interceptar, parece-me particularmente arriscado colocar tal arma em mãos hostis. Que lhes tivessem dado espingardas, peças de
    artilharia, carros, vá. Mísseis terra-ar já era grande risco, sobretudo na óptica da protecção das rotas comerciais. Mas enfim, ainda admito o optimismo que tivesse encarado como possível garantir alturas de segurança nas zonas de risco. Agora mísseis de cruzeiro? E não me falem em alcances, que são coisa fácil de aumentar, como provou Sadam com os dinossáuricos Scud´s. Só se a industria de armamento norte-americana está mortinha por vender às Forças Armadas um novo interceptor de mísseis de cruzeiro...

     
  • At 10:51 AM, Blogger Flávio Santos said…

    «Por falar nisso.....que será feito dos milhões de 'bucks' que entram nos cofres da filantrópica e benemérita Autoridade Palestiniana?!?!»
    Creio que entraram mais euros que dólares, que tiveram diversos destinos:
    - construção de infraestruturas, quase todas destruídas aquando do cerco da Mukata;
    - desvio de fundos para a corrupta administração palestina;
    - contas pessoais de Arafat.
    Aparentemente os maiores investimentos feitos em prol do povo palestino (hospitais, escolas, ajuda alimentar) continuam a provir do Hamas, o que explica em grande medida a sua popularidade.

     
  • At 11:21 PM, Anonymous Anonymous said…

    Há várias décadas que Israel mama desavergonhadamente na teta do contribuinte americano. Ter coragem para acabar com essa mama - mais a das armas - seria um passo na direcção certa para pôr Israel no seu lugar e apaziguar a situação no Médio Oriente.

     

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