Leitura Matinal -50
Quando o ruído dos aontecimentos nos invade;
quando a gravidade dos sofrimentos nos perturba;
quando a maldade dos homens nos revolta;
quando a insensatez do finito nos angustia,
é hora de nos voltarmos para Giacomo Leopardi,
que, transposto para o português por Albano Martins,
soube ver além e, serenamente, cantar
O INFINITO
Cara me foi sempre esta erma colina
E esta sebe, que por diversos lados
O extremo do horizonte veda ao meu olhar.
Mas, sentado e olhando, intermináveis
Espaços para além dela, e sobre-humanos
Silêncios, e sossego profundíssimo
No pensamento imagino; então por pouco
O coração se não sobressalta. E quando o vento
Nas folhas ouço sussurrar, aquele
Infinito silêncio a esta voz
Vou comparando: e lembro-me do eterno,
E das mortas estações, e da que agora passa
E vive, do seu rumor. Assim no meio
Desta imensidade o pensamento se me afoga:
E naufragar me é doce neste mar.
quando a gravidade dos sofrimentos nos perturba;
quando a maldade dos homens nos revolta;
quando a insensatez do finito nos angustia,
é hora de nos voltarmos para Giacomo Leopardi,
que, transposto para o português por Albano Martins,
soube ver além e, serenamente, cantar
O INFINITO
Cara me foi sempre esta erma colina
E esta sebe, que por diversos lados
O extremo do horizonte veda ao meu olhar.
Mas, sentado e olhando, intermináveis
Espaços para além dela, e sobre-humanos
Silêncios, e sossego profundíssimo
No pensamento imagino; então por pouco
O coração se não sobressalta. E quando o vento
Nas folhas ouço sussurrar, aquele
Infinito silêncio a esta voz
Vou comparando: e lembro-me do eterno,
E das mortas estações, e da que agora passa
E vive, do seu rumor. Assim no meio
Desta imensidade o pensamento se me afoga:
E naufragar me é doce neste mar.
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