Droga de Vida
As notícias de que o procuradíssimo Bin-Laden
teria engendrado o projecto de envenenar a cocaína
a distribuir no mercado Norte-Americano suscita-me
dois comentários:
1- Nota-se no engenheiro árabe convertido à Jihad
uma preocupação de eficácia, na medida em que projectou
transformar um veneno lento num rápido.
2- Toma-se a parte pelo todo, com reciprocidade: para o
chefe da Al-Qaeda, nós, ocidentais, somos todos uns
degenerados, de que os drogados evidentes são a face
visível. Pelo nosso hemisfério poderá haver a tentação,
por parte daqueles a quem a toxicodependência mais
repugne, de sobrevalorizar esse aspecto corrector de costumes
do Inimigo Público nº 1 e sobrepô-lo aos restantes: o velho
estribilho «o Diabo, afinal, não é tão mau como dizem».
Curioso é notar que tendo-se os radicais islâmicos oposto
à Civilização Ocidental em nome da especificidade, da sua
Cultura, venham agora, com este frustrado plano, tentar
expandir um intuito universalmente moralizador, logo,
civilizacional. E pena é que não tenhamos mais a contrapor-
-lhes do que a cultura do snifanço.
teria engendrado o projecto de envenenar a cocaína
a distribuir no mercado Norte-Americano suscita-me
dois comentários:
1- Nota-se no engenheiro árabe convertido à Jihad
uma preocupação de eficácia, na medida em que projectou
transformar um veneno lento num rápido.
2- Toma-se a parte pelo todo, com reciprocidade: para o
chefe da Al-Qaeda, nós, ocidentais, somos todos uns
degenerados, de que os drogados evidentes são a face
visível. Pelo nosso hemisfério poderá haver a tentação,
por parte daqueles a quem a toxicodependência mais
repugne, de sobrevalorizar esse aspecto corrector de costumes
do Inimigo Público nº 1 e sobrepô-lo aos restantes: o velho
estribilho «o Diabo, afinal, não é tão mau como dizem».
Curioso é notar que tendo-se os radicais islâmicos oposto
à Civilização Ocidental em nome da especificidade, da sua
Cultura, venham agora, com este frustrado plano, tentar
expandir um intuito universalmente moralizador, logo,
civilizacional. E pena é que não tenhamos mais a contrapor-
-lhes do que a cultura do snifanço.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home