Onde Estava Você...
no dia da morte de Salazar? No meu caso, recordo-me
perfeitamente. Devia ter três ou quatro anos,
passava umas férias na Areia Branca e lembro-me
de perguntar ao meu Pai a razão de toda aquela
gente na televisão. E quando a paciência paterna
me respondeu que era por alguém ter morrido, recordo
ainda que perguntei quem era. E nunca esqueci o sorriso
que acompanhou a resposta igualmente explicativa. Meu
Pai, ao contrário de outros Amigos, tinha esperança
em Marcello, como antigo graduado da Mocidade Portuguesa
que se prezava de ser. Era uma capelinha onde o novo
Presidente do Conselho tinha deixado culto, desde o seu
comissariado-geral. Depois, foi o que se viu!
perfeitamente. Devia ter três ou quatro anos,
passava umas férias na Areia Branca e lembro-me
de perguntar ao meu Pai a razão de toda aquela
gente na televisão. E quando a paciência paterna
me respondeu que era por alguém ter morrido, recordo
ainda que perguntei quem era. E nunca esqueci o sorriso
que acompanhou a resposta igualmente explicativa. Meu
Pai, ao contrário de outros Amigos, tinha esperança
em Marcello, como antigo graduado da Mocidade Portuguesa
que se prezava de ser. Era uma capelinha onde o novo
Presidente do Conselho tinha deixado culto, desde o seu
comissariado-geral. Depois, foi o que se viu!
posted by Paulo Cunha Porto @ 6:36 PM
1 Comments:
At 6:58 PM,
Anonymous said…
Eu tinha 12 anos e estava a passar as férias com a família em Cascais. O meu pai e a minha mãe não eram salazaristas - nessa altura!, depois do 25 de Abril tornaram-se fervorosos admiradores do professor de Santa Comba - e recordo-me que manifestaram alguma esperança de «mudança». Com o meu pai, sempre sensato, a dizer que esperava também que «as esquerdas» não pusessem «pé em ramo verde». Quatro anos depois, viu-se...
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