Anatomia do Drible
O homem voltou a fazê-lo. O tão odiado
presidente George W. Bush voltou a enganar
tudo quanto era adversário político, ao escolher
o Juiz John Roberts, um Republicano rico do estado
de Maryland para preencher a vaga de Sandra O´Connor
no Supremo Tribunal Federal. O nome constava da maior
parte das listas de vinte promovíveis, mas não das
short lists de 8 ou 10. E, nas últimas 48 horas, os
jornalistas mais entranhados nos mentideros de Washington
asseveravam estar a escolha reduzida a uma magistrada,
falando repetidamente das juízas Jones e Clement, que
liderava as bolsas de apostas. Como alternativa dava-se
um hispânico como Garza ou, se o Presidente resolvesse
entrar por uma via de provocação do Senado, um "ultra"
com um enorme lastro de opiniões politicamente incorrectas
publicadas, sendo o Juiz Alito o mais falado.
Não foi assim. O eleito, apesar das características citadas,
não é um membro da elite WASP, pois a sua religião é a do
catolicismo romano(sic). Vem do Tribunal Superior do Distrito
Federal de Columbia, encarado como um viveiro de eventuais
membros do "Supremo". Só lá está há dois anos, o que não dá
azo à devastação dum grande volume de obra polémica, como
aconteceu, há anos, com Bork. Tem, no entanto, vastíssima
experiência do "Supremo", como assistente do actual Chief
Justice, como advogado que defendeu várias causas junto
dessa instância e como representante-adjunto da Administração.
No plano político é novo. 50 anos mal contados, é um juvenil,
em se tratando de um Justice dos E.U.A.. Foi votado para o
cargo que ainda ocupa por unanimidade, no plenário do Senado,
embora tenha tido alguns votos contra, finda a inquirição
prévia, no "Comitê Judiciário". O que vem dificultar a vida aos
senadores Democratas que estejam em risco de não serem reeleitos
nas mid term elections do próximo ano. A situação é esta: ou
não obstruem - os Democratas têm, relembre-se uma minoria de
44 + 1 em 100 - ou passarão as passas do Algarve nas urnas. Até
ao ponto de, politicamente, poderem ser mandados para uma...
Ou seja, mesmo que o processo de confirmação corresse muito
mal, o Presidente antevê sempre um ganhozito político...
presidente George W. Bush voltou a enganar
tudo quanto era adversário político, ao escolher
o Juiz John Roberts, um Republicano rico do estado
de Maryland para preencher a vaga de Sandra O´Connor
no Supremo Tribunal Federal. O nome constava da maior
parte das listas de vinte promovíveis, mas não das
short lists de 8 ou 10. E, nas últimas 48 horas, os
jornalistas mais entranhados nos mentideros de Washington
asseveravam estar a escolha reduzida a uma magistrada,
falando repetidamente das juízas Jones e Clement, que
liderava as bolsas de apostas. Como alternativa dava-se
um hispânico como Garza ou, se o Presidente resolvesse
entrar por uma via de provocação do Senado, um "ultra"
com um enorme lastro de opiniões politicamente incorrectas
publicadas, sendo o Juiz Alito o mais falado.
Não foi assim. O eleito, apesar das características citadas,
não é um membro da elite WASP, pois a sua religião é a do
catolicismo romano(sic). Vem do Tribunal Superior do Distrito
Federal de Columbia, encarado como um viveiro de eventuais
membros do "Supremo". Só lá está há dois anos, o que não dá
azo à devastação dum grande volume de obra polémica, como
aconteceu, há anos, com Bork. Tem, no entanto, vastíssima
experiência do "Supremo", como assistente do actual Chief
Justice, como advogado que defendeu várias causas junto
dessa instância e como representante-adjunto da Administração.
No plano político é novo. 50 anos mal contados, é um juvenil,
em se tratando de um Justice dos E.U.A.. Foi votado para o
cargo que ainda ocupa por unanimidade, no plenário do Senado,
embora tenha tido alguns votos contra, finda a inquirição
prévia, no "Comitê Judiciário". O que vem dificultar a vida aos
senadores Democratas que estejam em risco de não serem reeleitos
nas mid term elections do próximo ano. A situação é esta: ou
não obstruem - os Democratas têm, relembre-se uma minoria de
44 + 1 em 100 - ou passarão as passas do Algarve nas urnas. Até
ao ponto de, politicamente, poderem ser mandados para uma...
Ou seja, mesmo que o processo de confirmação corresse muito
mal, o Presidente antevê sempre um ganhozito político...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home