Leitura Matinal -34
Forte, hoje, a tentação de publicar algum poema que
zurza o calor, o traço infernal mais saliente destes
dois últimos dias. Mas há melhor, vai, de R. M. Rilke,
versão de Paulo Quintela, a melancólica resignação
perante o decurso do tempo que, ao menos, tem a
incontornável vantagem de nos tranquilizar, sugerindo
o fatal advento do frescor...
CADUCIDADE
Areia movediça das horas. Silente e contínuo escoar-se
mesmo do edifício felizmente sagrado.
A vida sopra sempre. Já sem ligação ressaltam
as colunas ociosas, sem carga.
Mas o decair: é ele mais triste que o regresso
da fonte ao espelho que ela de brilho empoa?
Mantenhamo-nos entre os dentes do mutável,
que de todo nos tome na fronte contemplativa.
zurza o calor, o traço infernal mais saliente destes
dois últimos dias. Mas há melhor, vai, de R. M. Rilke,
versão de Paulo Quintela, a melancólica resignação
perante o decurso do tempo que, ao menos, tem a
incontornável vantagem de nos tranquilizar, sugerindo
o fatal advento do frescor...
CADUCIDADE
Areia movediça das horas. Silente e contínuo escoar-se
mesmo do edifício felizmente sagrado.
A vida sopra sempre. Já sem ligação ressaltam
as colunas ociosas, sem carga.
Mas o decair: é ele mais triste que o regresso
da fonte ao espelho que ela de brilho empoa?
Mantenhamo-nos entre os dentes do mutável,
que de todo nos tome na fronte contemplativa.
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