A Batalha Cultural
Ontem, pela primeira vez, nas imediações de minha
casa, vi um grupo de crianças bater às portas, como
fazem as americanas, exigindo doces em troca da
abstenção de partidas. E não consegui deixar de pensar
em como o poder mediático, qual rolo compressor,
arrasa as tradições, promovendo novos comportimentos.
No meu tempo havia uma tradição de os miúdos despertarem
a dádiva dos adultos. Era o multissecular pedido do «Pão por
Deus», que enraizava na antiquíssima prática de os mendigos
pedirem alimento em troca de orações pelas Almas. E a
mascarada tradicional da cristandade ficava reservada ao
Carnaval, imediatamente antes do período penitencial da
Quaresma.
Com o triunfo da cultura popular americana, na televisão,
na música, no cinema e na banda desenhada, cedemos o
nosso costume ao do 2 em 1 da festa das buxas dos states.
A significação real da coisa cinge-se ao poder do marketing
que quer vender máscaras e adereços complementares,
além de doces. Mas a fundamentação para que reenvia
espelha um triunfo dos valores pagãos sobre os Cristãos,
na medida em que, sendo Halloween uma corruptela do
«Dia de Todos os Santos», os monstros e fantasmas de
que a miudagem se disfarça encontram a sua origem numa
tradição céltica da Irlanda, levada para a América em 1840
por emigrantes, a qual queria que no dia 31 de Outubro,
fim oficial do Verão para aquele povo da antiguidade, as
almas dos mortos largassem os restos dos corpos em que
haviam habitado e errassem por aí, em busca de novos,
vivos, que pudessem possuir.
E, para os que duvidem da lavagem ao cérebro em curso,
fica um apontamento final: ontem, em Lisboa, duas vendedoras
de jornais que também comercializavam máscaras apropriadas
ao dia, ostentavam chapéu de bruxa. E é assim que nos vamos
deixando ir.
casa, vi um grupo de crianças bater às portas, como
fazem as americanas, exigindo doces em troca da
abstenção de partidas. E não consegui deixar de pensar
em como o poder mediático, qual rolo compressor,
arrasa as tradições, promovendo novos comportimentos.
No meu tempo havia uma tradição de os miúdos despertarem
a dádiva dos adultos. Era o multissecular pedido do «Pão por
Deus», que enraizava na antiquíssima prática de os mendigos
pedirem alimento em troca de orações pelas Almas. E a
mascarada tradicional da cristandade ficava reservada ao
Carnaval, imediatamente antes do período penitencial da
Quaresma.
Com o triunfo da cultura popular americana, na televisão,
na música, no cinema e na banda desenhada, cedemos o
nosso costume ao do 2 em 1 da festa das buxas dos states.
A significação real da coisa cinge-se ao poder do marketing
que quer vender máscaras e adereços complementares,
além de doces. Mas a fundamentação para que reenvia
espelha um triunfo dos valores pagãos sobre os Cristãos,
na medida em que, sendo Halloween uma corruptela do
«Dia de Todos os Santos», os monstros e fantasmas de
que a miudagem se disfarça encontram a sua origem numa
tradição céltica da Irlanda, levada para a América em 1840
por emigrantes, a qual queria que no dia 31 de Outubro,
fim oficial do Verão para aquele povo da antiguidade, as
almas dos mortos largassem os restos dos corpos em que
haviam habitado e errassem por aí, em busca de novos,
vivos, que pudessem possuir.
E, para os que duvidem da lavagem ao cérebro em curso,
fica um apontamento final: ontem, em Lisboa, duas vendedoras
de jornais que também comercializavam máscaras apropriadas
ao dia, ostentavam chapéu de bruxa. E é assim que nos vamos
deixando ir.
3 Comments:
At 12:11 PM, Anonymous said…
Eu estive toda a manhã a dar "Pão por Deus".
Mas ontem tive a visita, estranha, das "americanas" bruxas...enfim!
I
At 2:23 PM, Anonymous said…
Ainda bem, porque hoje é o Nosso Dia!...
Um abraço
At 4:05 PM, vs said…
Não me parece mal...
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