Riscos
Nunca compreenderei muito bem a razão pela qual
a Rússia se opõe à iniciativa dos grandes da União
Europeia concernente à restrição e acompanhamento
do plano nuclear iraniano. O motivo invocado, tal
como pela China, não colhe. Com efeito, pôr em risco
o congelamento do enriquecer do urânio é um grão
de areia, se comparado com a tempestade de uma
actividade de investigação não-controlada. Reminiscências
de serôdias doutrinas de esferas de influência deveriam
ser deitadas para trás das costas ante o temor de que,
por solidariedade com os combatentes islâmicos, Teerão
fornecesse uma bombinha aos independentistas tchechenos.
Até porque, não sendo árabes os iranianos, nem haveria a
barreira de segurança de não quererem dar armas decisivas
a elementos exteriores ao seu pequeno mundo.
A única explicação que encontro é não desejar Moscovo criar
um precedente que permita, no futuro, a estrangeiros meterem
o nariz nos seus domínios. Mas, que Diabo, o tempo da «Guerra
Fria» não passou já?
a Rússia se opõe à iniciativa dos grandes da União
Europeia concernente à restrição e acompanhamento
do plano nuclear iraniano. O motivo invocado, tal
como pela China, não colhe. Com efeito, pôr em risco
o congelamento do enriquecer do urânio é um grão
de areia, se comparado com a tempestade de uma
actividade de investigação não-controlada. Reminiscências
de serôdias doutrinas de esferas de influência deveriam
ser deitadas para trás das costas ante o temor de que,
por solidariedade com os combatentes islâmicos, Teerão
fornecesse uma bombinha aos independentistas tchechenos.
Até porque, não sendo árabes os iranianos, nem haveria a
barreira de segurança de não quererem dar armas decisivas
a elementos exteriores ao seu pequeno mundo.
A única explicação que encontro é não desejar Moscovo criar
um precedente que permita, no futuro, a estrangeiros meterem
o nariz nos seus domínios. Mas, que Diabo, o tempo da «Guerra
Fria» não passou já?
4 Comments:
At 1:33 PM, JSM said…
Quem são os nossos aliados?
Precisamos mesmo de um polícia do Mundo? Um só rebanho e um só pastor?
Com este pastor?
Se como diz o argumento não foi condicionado por estritas necessidades domésticas (Tchechénia ou Sinquião), congratulemo-nos porque ainda existem políticas próprias!
Um abraço
JSM (Interregno)
At 1:49 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro jsm:
Aqui o Pastor não é um só.
Alemanha, Reino Unido e França procuraram uma solução intermédia, que garantisse a segurança do Ocidente, sem inclinações perante o «quero, posso e mando» do Tio Sam. E penso que seria a posição que mais conviria à Rússia, com os problemas que tem no quintal.
Que fazer, se conseguirem fazer explodir o rebanho?
Um abraço, grato pelo seu sempre desejado contributo.
At 2:43 PM, Flávio Santos said…
Não será porque a Rússia tem no Irão um mercado interessante na área nuclear?
At 6:33 PM, Paulo Cunha Porto said…
Ora ai é que bate o ponto, meu caro FG Santos. Mas valerá a pena, para ganhar uns cobres com uma sucata desactualizada, porém perigosa, e para empregar meia dúzia de engenheiros, pôr em risco a segurança de todo o Ocidente e deles próprios? Se pensam que esta colaboração os vai imunizar aos ataques, bem podem limpar as mãos à parede...
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