Records
Diz o meu Amigo Alce que «tomar bicas é o desporto
nacional» da nossa Santa Terrinha. Talvez, se o
encararmos no plano da prática desportiva mais
difundida pelo quotidiano citadino, assim uma
espécie de jogging. Mas se saltarmos para a Alta
Competição, a preferência lusa deste descerrar de
terceiro milénio vai toda para bater records do
«Guinness Book». No último fim de semana falhou um,
referente ao maior ajuntamento de cães. E a
imprensa diária garante que o fracasso se ficou
a dever aos donos, o que era escusado, pois não
creio que alguém tenha concebido um interesse
das caninas mascotes por qualquer dos sentidos
da questão. O que demonstra que esta mania do
desporto sem esforço tem os seus limites.
Esforço coroado de êxito foi o do Cavalheiro do
Sri Lanka que ficou 69,48H em frente de um televisor,
com o mesmo fito. Vem a façanha desmentir aqueles que
julgavam estar a Taprobana de hoje de tal forma nas
ruas da amargura , que não tivesse televisão, ou, tendo-a,
não integrasse um único cidadão com possibilidade
de tal dispêndio de tempo. Para quem, como o presente
redactor, uma horita seguida de televisiva tirania já
deixa dores de cabeça persistentes, tal feito é obra.
Mas ainda há outro máximo batido. Segui ontem, de um
honesto estabelecimento de diversão lisboeta, a saga
do Belenenses, de dois Amigos nossos. Por ter recambiado
o Vitória de Guimarães para o Berço da Nacionalidade sem
fazer jus ao nome, estão de parabéns o Pedro Guedes e o
FG Santos. Mas aquele equipamento alternativo é um record
do mau gosto e de descaracterização. Vendo tão desmaiado
azul, só consigo pensar em cerveja sem álcool. Como
é que os citados Expoentes do Clube do Restelo se verão
incentivados à ida ao estádio?
nacional» da nossa Santa Terrinha. Talvez, se o
encararmos no plano da prática desportiva mais
difundida pelo quotidiano citadino, assim uma
espécie de jogging. Mas se saltarmos para a Alta
Competição, a preferência lusa deste descerrar de
terceiro milénio vai toda para bater records do
«Guinness Book». No último fim de semana falhou um,
referente ao maior ajuntamento de cães. E a
imprensa diária garante que o fracasso se ficou
a dever aos donos, o que era escusado, pois não
creio que alguém tenha concebido um interesse
das caninas mascotes por qualquer dos sentidos
da questão. O que demonstra que esta mania do
desporto sem esforço tem os seus limites.
Esforço coroado de êxito foi o do Cavalheiro do
Sri Lanka que ficou 69,48H em frente de um televisor,
com o mesmo fito. Vem a façanha desmentir aqueles que
julgavam estar a Taprobana de hoje de tal forma nas
ruas da amargura , que não tivesse televisão, ou, tendo-a,
não integrasse um único cidadão com possibilidade
de tal dispêndio de tempo. Para quem, como o presente
redactor, uma horita seguida de televisiva tirania já
deixa dores de cabeça persistentes, tal feito é obra.
Mas ainda há outro máximo batido. Segui ontem, de um
honesto estabelecimento de diversão lisboeta, a saga
do Belenenses, de dois Amigos nossos. Por ter recambiado
o Vitória de Guimarães para o Berço da Nacionalidade sem
fazer jus ao nome, estão de parabéns o Pedro Guedes e o
FG Santos. Mas aquele equipamento alternativo é um record
do mau gosto e de descaracterização. Vendo tão desmaiado
azul, só consigo pensar em cerveja sem álcool. Como
é que os citados Expoentes do Clube do Restelo se verão
incentivados à ida ao estádio?
7 Comments:
At 9:46 AM, Flávio Santos said…
Estou a ver que os 4-1 do ano passado continuam a provocar azia aos adeptos da 2ª Circular (topo sul). Mesmo para falar de uma vitória do Belém é necessário criticar qualquer coisa, neste caso a cor das camisolas. Digo-lhe que não me choca o azul à Manchester City - pelo menos é azul -, é até bem bonito. Agora o seu clube até já teve um... azul à Benfica (Vale Tudo dixit)! E se me não engano nesta época têm um azul escuro, que nada tem a ver com o emblema.
Um abraço de quem nunca se conseguirá verdadeiramente chatear consigo.
At 11:13 AM, Paulo Cunha Porto said…
Ainda bem, meu caro FG Santos, sabe bem quanto O estimo. A arrelia de Amigos de "clubites" diferentes faz parte do sal da vida. E não podia deixar passar aquela versão piorada do meu template, com umas nódoas negras nalgumas partes das camisolas. O Uruguai, daí a "Celeste Olímpica",
tinha uma cor não muito afastada, mas camisas limpinhas...
E não eram os Belenenses que invocavam sempre a estética quando viam os "lampiões" apelar à alma?
At 5:11 PM, Flávio Santos said…
As farpas à águia não cessam...
http://jansenista.blogspot.com/2005/09/vitorino-toca-o-hino.html#comments
At 6:14 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro FG Santos:
Como vê, a classificação da notícia já não espelha a actualidade. E agora, é sempre a subir!
At 1:03 AM, �ltimo reduto said…
Ora, ora, a questão do equipamento alternativo que não é tão alternativo como isso...
Meu caro Paulo: como é do conhecimento de quantos frequentam esta recomendável tertúlia, o primeiro equipamento do 'Belém' - que, não esqueçamos, leva por estes dias o melhor ataque da liga, o respectivo melhor marcador, e já perdeu de vista o milhafre sob pena de fortíssimo torcicolo classificativo - utilizou como primeiro equipamento a camisola azul mais clara e o calção preto, sem deixar de ostentar a Cruz de Cristo que foi sendo felizmente constante ao longo dos anos. Isto para concluir que, bonito ou feio, é de algum modo esta farda que o meu amigo viu anteontem na SporTV uma evocação de Artur José Pereira, do Embaixador Mário Duarte, dos irmãos Rio e dos demais 'rapazes da praia'.
A título de curiosidade, diga-se que o Clube de Foot-ball "Os Belenenses" passeava então a sua categoria no velhinho Campo do Pau de Fio, ali mesmo onde hoje proliferam restaurantes e esplanadas, a dois passos dos Pastéis de Belem e dos símbolos da glória da Pátria, tudo em perfeita harmonia com os valores do Clube. Ora atente-se no início do Hino:
"Ilustrando o nosso Emblema
Consagrado e Popular
Essa Cruz que foi o tema
Das conquistas de Além-Mar (...)"
E depois disto - faço gosto em oferecer ao meu amigo Paulo Cunha Porto uma História do Belenenses assinada pelo saudoso consócio (meu e do FG, pois claro) Acácio Rosa. É desta que o Misantropo compra cativo no Restelo!
At 9:33 AM, Flávio Santos said…
Tive a sorte, um dia, de encontrar num alfarrabista perto do Largo do Camões a "Camisola Azul e Cruz ao Peito" de Homero Serpa que, com a obra de Acácio Rosa, constitui um documento fundamental para conhecer a história do Belém.
Por falar no Campo do Pau de Fio, ainda lá está num dos prédios uma placa mencionando o facto referido pelo Pedro. Ali perto, defronte do palácio usurpado pela "Relespública", também está assinalado o banco onde o srapazes da praia decidiram fundar um clube em Belém.
Acácio Rosa... A imagem que me ficou do grande belenense (além da famosíssima fotografia em que está a dar um beijo a Matateu!) é do homem, já bastante velho, sentado na última fila da central, sofrendo em silêncio com o que se passava no relvado.
At 9:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo Pedro:
Cativo, cativo não digo. Mas que estou cativado pela generosa oferta é um facto. Ignorava totalmente que este equipamento fosse um regresso às origens. Assim, há uma causa de desculpação.
Mas, sob o ponto de vista estético... Vocês os dois têm de me perdoar, mas é uma involução. É que, clubismos à parte, a minha cor favorita era a das camisolas com que me habituei a ver os vossos rapazes.
Ah, já me esquecia, sempre vi com muita simpatia a performance do ex-Presidente que acabam de homenagear.
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