Leitura Matinal -85
A pressão, interna ou não, sobre a raia da nossa
individualidade não é constante, logo não pode
ser sempre uniforme o sentimento, a consciência
e as suas manifestações. Não seria problemático
se estivéssemos sós no mundo. Mas seria grave,
por outras razões, à cabeça das quais há que
detectar a impossibilidade de estabelecer o traço
distintivo.
O problema da afirmação do eu está em que, ao
procurar fundamentá-lo na imperatividade da
interior urgência demarcadora, para o espectador,
poderá constituir uma hipersensibilidade que, mais
ou menos momentânea, dará a medida do equilíbrio
psíquico.
De Luís Miguel Nava:
IDENTIDADE
Ignoro o que seja ao certo ser, mas seja o que for,
dispõe de intensidade própria e regulável como o som
dum aparelho ou a velocidade dum motor. Há momentos
em que «sou» mais do que noutros, em que, se assim
pode dizer-se, tenho a minha identidade acelerada.
individualidade não é constante, logo não pode
ser sempre uniforme o sentimento, a consciência
e as suas manifestações. Não seria problemático
se estivéssemos sós no mundo. Mas seria grave,
por outras razões, à cabeça das quais há que
detectar a impossibilidade de estabelecer o traço
distintivo.
O problema da afirmação do eu está em que, ao
procurar fundamentá-lo na imperatividade da
interior urgência demarcadora, para o espectador,
poderá constituir uma hipersensibilidade que, mais
ou menos momentânea, dará a medida do equilíbrio
psíquico.
De Luís Miguel Nava:
IDENTIDADE
Ignoro o que seja ao certo ser, mas seja o que for,
dispõe de intensidade própria e regulável como o som
dum aparelho ou a velocidade dum motor. Há momentos
em que «sou» mais do que noutros, em que, se assim
pode dizer-se, tenho a minha identidade acelerada.
2 Comments:
At 11:21 AM, Anonymous said…
compreendo-te, mas eu sinto-o mais no domínio dos elementos que das maquinas. Nem é uma questao de "ser possuida". é muito mais o "ser habitada". Nao vem do céu, vem da terra mas, sinto-o de qualquer forma como uma força na vertical. claire
At 1:42 PM, Anonymous said…
Claire? Mau, Mau!!!Isabel
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