Leitura Matinal
Para começar bem o dia aí vai o «SONETO MARTELADO» de José Blanc de Portugal:
A tarde, e por de mais calma,
Afogou-me o que ficara da partida
Tudo o que inventara, essa mentira querida
Que ficara fazendo as vezes da alma.
Passa e segue a triste gente calada
E o correio e a luz quebrada no muro
Trazem a tarde, recortando duro
O perfil triste e morno desta minha estrada
E choca e vem de mim até ao céu polido
Liso e puro e sempre igual estendido
Sobre mim e a rua desolada,
Uma ilusão que nada tem de alada
E é feita de aço puro e diamantes:
Não querer tornar-me no que era dantes.
(Parva Naturalia)
A tarde, e por de mais calma,
Afogou-me o que ficara da partida
Tudo o que inventara, essa mentira querida
Que ficara fazendo as vezes da alma.
Passa e segue a triste gente calada
E o correio e a luz quebrada no muro
Trazem a tarde, recortando duro
O perfil triste e morno desta minha estrada
E choca e vem de mim até ao céu polido
Liso e puro e sempre igual estendido
Sobre mim e a rua desolada,
Uma ilusão que nada tem de alada
E é feita de aço puro e diamantes:
Não querer tornar-me no que era dantes.
(Parva Naturalia)
2 Comments:
At 2:25 PM, Anonymous said…
São estas escolhas e todas as outras que se seguiram, são e foram todas as tuas palavras os teus gestos e as tuas atitudes tão firmes. Foi, é, todo o teu Ser, que me dobra, que me verga, que me choca, mas acima de tudo que me encanta.Gosto mesmo muito,muito de ti...3 de Novembro de 2005.
At 9:43 AM, Anonymous said…
Mais uma vez tive uma imensa vontade de falar contigo, ainda marquei os números do teu telefone, mas cada tecla que tocava, perdia a coragem, o medo do silêncio é muito e duro de suportar.
Mas tenho saudades tuas...muitas.
13-02-2006
Post a Comment
<< Home